Na tarde da última sexta-feira, 22, a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Seds), por meio do Departamento de Proteção Social Especial (Dpse), promoveu debate sobre a linha de proteção e assistência ao idoso nos seus diversos níveis.
Participaram da reunião representantes da Divisão de Saúde do Idoso, da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), da Humanização do Hospital do Idoso, da Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz) – da Regional Acre – e a Secretaria Municipal de Cidadania e Assistência Social (Semcas).
Nesse encontro inicial, as instituições expuseram a necessidade da realização de um mapeamento de rede, com todos os serviços disponibilizados à pessoa idosa, tanto pelo município quanto pelo Estado. A identificação dos agentes públicos e a construção de um fluxo de atendimento otimizariam os encaminhamentos, dando mais eficiência à oferta dos serviços.
De acordo com a coordenadora da Divisão de Saúde do Idoso da Sesacre, Rossi Ramos, traçando as linhas de cuidado e proteção ao idoso é possível traçar as potencialidades e os gargalos dessa rede, organizando os serviços, melhorando e inserindo o que ainda falta.
Promover a educação da sociedade para o processo de envelhecimento é pensado como um vetor majoritário nas estratégias de fortalecimento dos vínculos familiares da pessoa idosa. A responsabilização por parte da família, a preservação da territorialidade do indivíduo e a participação em grupos de convivência contribuem para a saúde do idoso de forma integral.
“Precisamos melhorar os serviços que já estão postos. O nosso caminho não é incentivar a construção de instituições de longa permanência para os idosos”, salienta Olívia Carvalho, chefe da Dpse da Seds.
Há mais de uma década, o governo do Estado tem qualificado o trabalho de atenção ao público idoso, por meio do Centro Dia, que é uma modalidade de atendimento prestado pela Seds. Pessoas com mais de 60 anos são atendidas diariamente, com atividades físicas, recreativas, socioculturais e de lazer.
Segundo a secretária Adjunta da Seds, Nara Regina, o Centro Dia é muito importante, mas atende uma parcela pequena da nossa população.
“Quando pensamos em políticas públicas para a pessoa idosa, temos que pensar de forma mais ampla. Com o atendimento básico aos idosos, disponibilizando médicos, psicólogos, fisioterapeutas e assistentes sociais. Trabalhando de modo engajado e preventivo, é possível fortalecer os vínculos e o convívio social”, explica Nara Regina.
A presidente da Abraz, Maria Leitão, destaca a importância dessa reflexão conjunta entre os órgãos da Assistência Social e da Saúde para o mapeamento e otimização da rede de atendimento e proteção à pessoa idosa.
“Essa integração entre o Sistema Único da Assistência Social (Suas) e o Sistema Único de Saúde (SUS) é algo significativo. Dessa forma, já podemos dizer que o Acre tem um trabalho de base voltado para a pessoa idosa”, disse Maria Leitão.