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Secretários de Saúde do Brasil publicam carta sobre diretrizes no combate à Covid-19

Nesta sexta-feira, 27, os secretários estaduais de Saúde, reunidos no Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass) elaboraram outro documento chamado Carta às Nações em que manifestam suas diretrizes, missão e responsabilidades junto à sociedade brasileira.

“O Conass, em seus 38 anos de existência, sempre se colocou ao lado do povo brasileiro e na defesa de seu direito à saúde e à vida. Esta é nossa missão e nosso compromisso. Não faltaremos ao povo brasileiro neste momento de grave ameaça à saúde e à vida de todos”, expressa o documento.

Sobre o posicionamento político e ideológico com relação às medidas adotadas para combater o vírus do Covid-19, o Conass expressa o quanto isso pode ser prejudicial à população sendo este um dos motivos da apresentação da carta.

“Pronunciamentos e orientações conflitantes das autoridades sobre medidas restritivas adotadas no enfrentamento do coronavírus geram intranquilidade e insegurança. Diante disso, manifestamos nossa posição oficial sobre a matéria e defendemos a condução técnica das medidas de combate pelos profissionais do Ministério da Saúde, em alinhamento e harmonia com os gestores estaduais e municipais de saúde do país”.

Sobre o enfrentamento ao Covid-19, que ameaça o mundo e o Brasil, o Conass segue com ações pautadas pelo espírito público, com base nas melhores evidências científicas e técnicas e pelas mais exitosas práticas internacionais e destacam que resistirão a qualquer ação estranha a isso que possa colocar em risco a vida da população brasileira.

Com relação as medidas de prevenção e proteção os secretários defendem irrestritamente as medidas sanitárias adotadas pelas unidades federativas do país, pois segundo eles não se pautam por cores partidárias ou de qualquer outra natureza, mas sim por critérios técnicos e científicos analisados ao redor do planeta.

Sobre a forma de contágio, expressam que a doença não escolhe quem atinge e quanto maior for o número de casos, maior será a demanda de assistência à saúde, e que se superar essa capacidade haverá desassistência que pode resultar em mortes. Por isso é fundamental o apoio do povo brasileiro no combate ao coronavírus.

“Quanto mais alto for o pico do coronavírus no Brasil, mais alto será o número de pacientes graves a demandar atendimento médico ao mesmo tempo. O que estiver acima da capacidade assistencial de leitos representará desassistência, e desassistência, neste caso, significará morte”.

O documento cita Milão como exemplo a não ser seguido, em apenas 30 dias foram registradas 5.402 mortes, por ignorarem a quarentena. Se disseram arrependidos em não ter cumprido o isolamento, mas arrependimento tardio não recupera vidas perdidas, pontua o documento.

“Que não tenhamos que nos arrepender mais tarde no Brasil por omissão neste momento. Cada dia de isolamento social importa. Cada vida brasileira importa. Por fim, conclamamos todos os gestores, capitaneados pelo Ministério da Saúde, a juntar esforços nesse desafio de magnitude ímpar. Na defesa do que nos é mais precioso: a saúde e a vida”.

Confira abaixo a carta na íntegra: