Secretário-geral adjunto da ONU visita complexo de piscicultura

O Secretário-geral adjunto, Carlos Lopes, pode conhecer como funciona todo o complexo (Foto: Diego Gurgel/Secom)
Carlos Lopes pôde conhecer como funciona o complexo (Foto: Diego Gurgel/Secom)

A vice-governadora Nazareth Araújo esteve na quarta-feira, 21, no complexo de piscicultura Peixes da Amazônia acompanhada de Carlos Lopes, secretário-geral adjunto da Organização das Nações Unidas (ONU), que foi conhecer o empreendimento, hoje entre os mais modernos do Brasil.

A organização dispõe de uma fábrica de rações, frigorífico de processamento de peixes e laboratório de produção de alevinos. A estrutura público-privada-comunitária da Peixes da Amazônia contempla pequenos, médios e grandes produtores acreanos. O governo do Estado aplicou R$ 18 milhões, por meio do fundo de investimentos da Agência de Nacional de Negócios do Acre (Anac), tornando-se mais um acionista, entre os 15 empresários e os 1.500 piscicultores associados à Central de Cooperativas de Piscicultores, que também é sócia da empresa.

Carlos Lopes é cientista social africano, doutor em História pela Universidade de Paris 1, Panthéon-Sorbonne, e mestre em Desenvolvimento Econômico e Social em África pelo Instituto Graduado de Genebra de Estudos Internacionais e Desenvolvimento.

A agenda exclusiva da ONU no Acre é resultado de um convite feito pelo governador Tião Viana ao subsecretário em julho de 2014, durante um encontro em São Paulo.

Líder da Comissão Econômica das Nações Unidas para a África, ele tem contribuído para a pesquisa de temas na área do desenvolvimento, ajudando a criar ONGs e centros de pesquisa social, particularmente na África, sendo também membro da Academia de Ciências de Lisboa (Portugal).

Lopes: " (Foto: Diego Gurgel/Secom)
Lopes: “É um projeto que tem futuro” (Foto: Diego Gurgel/Secom)

“Fiquei muito satisfeito com a visita, porque é um projeto que tem capilaridade social. Muitas vezes há projetos de desenvolvimento econômico que têm apenas um objetivo meramente de lucro ou de produtividade econômica, aqui tem isso e é importante, mas há também a dimensão social e ambiental”, observou.

“O desenvolvimento sustentável tem hoje três pilares: a parte econômica, que é a rentabilidade da cadeia de valor associada à piscicultura; a parte social, que é o fato de ter a comunidade integrada ao projeto como produtora e como proprietária; e a parte ambiental, porque com essa produção vai se evitar o desmatamento, e vai se ter uma produtividade maior no consumo de proteína sem afetar necessariamente o equilíbrio ambiental. Eu acho que é um projeto que tem futuro e, como já se vê pelo número de visitas de gente interessada nessa experiência, vai seguramente ter muitas cópias”, avaliou.

A vice-governadora Nazareth Araújo ressaltou a importância da visita para o Estado: “É muito gratificante quando temos esse modelo que começou a ser implantado em 2011 e já dá frutos em 2015. É uma cadeia produtiva arrojada, que foi colocada em prática pelo governador Tião Viana, e que já demonstra na nossa sociedade os seus frutos, tanto da parte econômica como social, e de acesso a segurança alimentar pela nossa população,” disse.

A visita foi acompanhada também pela chefe da Casa Civil, Márcia Regina de Sousa e a secretária de Comunicação, Andrea Zílio.

Lopes ministra, ainda nesta quarta, às 17h, a palestra “Nova Agenda para o Desenvolvimento Sustentável”, destinada à equipe do governo do Estado, convidados e imprensa, na sede da Federação das Indústrias do Estado do Acre (Fieac).

O que é a Agenda de Desenvolvimento Pós-2015

A Agenda de Desenvolvimento Pós-2015 será definida pelos estados-membros e funcionará como um marco de ação para os esforços mundiais de desenvolvimento. Será elaborada com base na Declaração do Milênio e nas conquistas dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), assim como também irá tratar de desafios novos e emergentes.

A redução da pobreza e a proteção do planeta devem estar no cerne da nova agenda de desenvolvimento, fundamentada nos princípios dos direitos humanos, da igualdade e da sustentabilidade.

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