Secretaria de Saúde orienta e alerta sobre riscos do consumo de água contaminada

Água não-tratada transmite doenças e seu consumo mata pelo menos dois milhões de pessoas ao ano

Elemento essencial para a existência, a água é uma das substâncias mais abundantes no planeta. Apesar disso, segundo relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS), nos países em desenvolvimento 70% da população rural e 25% da população urbana não dispõem de abastecimento apropriado de água potável.

Parasitas, bactérias patógenas e os vírus são os principais agentes biológicos encontrados na água contaminada que produzem doenças como cólera, gastroenterite, leptospirose, amebíase, hepatite A, febre tifoide, esquistossomose, dengue e febre amarela.

Segundo a OMS, o número de mortes que acontecem anualmente em decorrência da água contaminada chega a pelo menos 2 milhões, vitimando principalmente crianças com menos de cinco anos de idade. No Acre, uma das doenças que mais acometem a população pelo consumo de água não-tratada é a diarreia. De acordo com a responsável pela Área Técnica de Monitoramento de Doenças Entéricas da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), Rosineide Araújo, no período de 1994 a 2010 foram registrados 86.304 casos em maiores de 1 ano, 146.757 em crianças de um a quatro anos, 44.287 de cinco a nove anos, e 3.318 de faixa etária ignorada.

“É necessário que a população se conscientize da importância de tomar medidas de prevenção e controle da diarreia. Essas atitudes consistem na melhoria da qualidade da água: destino adequado do lixo e dejetos, controle de vetores, e higiene pessoal e alimentar”, adverte Rosineide.

A Sesacre, em parceria com a Secretaria de Saúde de Rio Branco (Semsa), desempenha ações de controle por meio dos agentes comunitários de saúde (ACS). Ainda segundo Rosineide, esses profissionais fazem visitas domiciliares, onde orientam a respeito da prevenção e controle das doenças transmitidas pela água, além da distribuição de hipoclorito para as famílias tratarem a água para se tornar apropriada ao consumo.

Durante as visitas, são realizadas coletas de material e posteriormente enviadas para análises. Os casos considerados suspeitos são encaminhados para as Vigilâncias Epidemiológicas Municipal e Estadual, também para o Ministério da Saúde.

“Se for evidenciada a elevação do número de casos, os ACS elaboram Nota Técnica contendo informações da doença e medidas preventivas. Tais informações consistem na identificação das fontes de contaminação, bem como descrição, perfil epidemiológico da doença e dados pessoais completos”, diz a responsável pelo Centro de Investigação de Emergências em Saúde, Eliane Costa.

A OMS viabiliza um plano denominado “Planejamento de Água Saudável”, que define mudanças na gestão da água potável em vários países, e abrange procedimentos que assegurem a qualidade da água usada na alimentação bem como orientações à população.

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