O bairro Vitória foi o local de mais uma entrega de equipamentos que a Secretaria de Estado de Pequenos Negócios (SEPN) promove como parte do programa Acre sem Miséria. Dessa vez foram 72 pessoas beneficiadas com equipamentos para atuar na construção predial e pintura. São mulheres e homens dos bairros Caladinho, Alto Alegre, Geraldo Fleming, Novo Eldorado e Taquari.
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José Carlos Reis, secretário de Pequenos Negócios, observa que essas entregas são fruto de muito trabalho executado pelo Governo do Estado, por meio da SEPN. “São profissionais qualificados e a cada entrega desses equipamentos para nós é uma festa porque sabemos que essas pessoas estarão liberadas para trabalhar e ter sua renda. Acreditamos que com a qualificação de mais um grupo de pessoas podemos contribuir com um Acre sem miséria”, afirmou Reis.
Secretários de governo e representantes de outras instituições parceiras da SEPN também prestigiaram a entrega de equipamentos. Entre os presentes estavam o secretário de Segurança Pública, Reni Graebner, a diretora do Detran, Sawana Carvalho, o comandante-geral da Polícia Militar, coronel José Anastácio, o procurador do Estado Maiko Figali e o deputado estadual Denilson Segóvia, e representantes do Instituto Dom Moacyr e do Senai.
Os 72 beneficiados participaram de cursos profissionalizantes no Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e Instituto Dom Moacyr. São homens e mulheres que têm histórias de vida como a do ex-ajudante de obras e hoje pedreiro Romildo Souza e da pedreira Virgínia Maria, que com mais de 50 anos de vida mostra que tem garra e coragem para enfrentar o mercado de trabalho e se orgulha ao mostrar seu certificado de conclusão de curso da área de construção predial.
Oportunidade para quem precisa
Romildo conta que começou a trabalhar na área de construção civil por falta de oportunidade em outras áreas do mercado de trabalho.
“Eu não tinha nenhuma qualificação e a única chance que encontrava era como ajudante de pedreiro. Comecei assim, mas nem todos os dias tinha trabalho. Às vezes eu acordava naquela incerteza do que ia dar para os meus filhos comer”, relembra o pedreiro.
Hoje, com um sorriso contagiante, Romildo Souza conta que não acorda mais preocupado porque, após concluir o curso profissionalizante de pedreiro, as oportunidades de trabalho não faltam.
“Sempre tem alguém que precisa construir um muro, uma calçada, e se precisar eu também faço uma limpeza no terreno. Quero trabalhar, e agora, com um curso que me profissionalizou, eu sei que é mais fácil conseguir trabalho. Nesta semana mesmo já ganhei 70 reais num trabalho que fiz, antes mesmo de receber meus equipamentos. Isso me deixa feliz”, disse Romildo.
O pedreiro contou que, logo após encerrar o trabalho em um de seus primeiros clientes, já o chamaram para outros serviços na área de construção. Na opinião dele, o programa que vem sendo executado pela SEPN muda a vida de pessoas que antes não tinham qualquer perspectiva de crescimento profissional.
“Esse é um programa maravilhoso porque ensina as pessoas para que elas possam trabalhar, ter como sustentar suas famílias. Já tivemos muitos governantes, mas nenhum se preocupou tanto com as pessoas mais simples como Tião Viana. Sou grato a Deus, a ele, aos nossos professores e ao pessoal da Secretaria de Pequenos Negócios”, pontuou Romildo.
Virgínia Maria também não esconde a felicidade ao falar que hoje, com apoio da SEPN e do Instituto Dom Moacyr, tornou-se uma pedreira com qualificação profissional. Porém, ao discursar durante a entrega dos equipamentos, deixou um recado aos colegas de curso e ao secretário José Carlos Reis.
“Eu vou trabalhar muito como pedreira para sustentar minha família. Mas, antes, vou construir a minha própria casa”, avisou.
O secretário de Pequenos Negócios disse que Virgínia Maria é um exemplo para outras pessoas que se acomodam e não aproveitam as oportunidades de profissionalização que o governo do Estado, por meio da SEPN, oferece.
“Essa mulher mostra que nunca é tarde para recomeçar, para aprender e buscar uma oportunidade melhor para trabalhar. Não estamos aqui para tornar ninguém rico, mas estamos aqui para ajudá-los a ter uma profissão, uma vida digna, para termos um Acre sem famílias na miséria”, frisou Reis.
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