A variabilidade do clima no planeta tem gerado crises hídricas em vários estados brasileiros. Com o intuito de discutir a temática e traçar mecanismos públicos que garantam a gestão eficiente das águas, o governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), promove de 6 a 8, em Rio Branco, o curso de Gestão de Recursos Hídricos e Formação de Organismos de Bacias Hidrográficas.
A capacitação, que se iniciou nesta quarta-feira, 6, no auditório da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), reúne gestores e técnicos de instituições públicas que atuam na área. A atividade é promovida em parceria com a Agência Nacional de Águas (ANA).
“A ideia é que daqui se consolide uma rede de parcerias para o desenvolvimento de ações que melhorem a qualidade e quantidade das nossas águas, que proporcionem uma gestão compartilhada dos recursos hídricos”, explicou a chefe do Departamento de Gestão de Recursos Hídricos da Sema, Maria Antônia Zabala.
O pesquisador da Universidade Federal do Acre (Ufac) e doutor em Ciências Ambientais Foster Brown abriu o evento com uma palestra sobre a variabilidade climática. “A manifestação de eventos extremos é principalmente ligada à água, ou demais ou de menos. A tendência é que esses eventos fiquem mais intensos e frequentes, portanto é necessário que não apenas o governo, mas a sociedade se prepare para esses eventos”, alertou o pesquisador.
Assuntos como “Licenciamento e Outorga de Recursos Hídricos”, “Experiência Brasileira de Bacias Hidrográficas” conceitos e definições sobre o Sistema de Recursos Hídricos, Plano Nacional e Estadual, entre outros temas, também compõem a programação do encontro.
Plano Estadual
Edegard de Deus, secretário de Meio Ambiente, observa que o evento propicia aos gestores mais conhecimento acerca do Plano Estadual de Recursos Hídricos. “Após cinco anos de implementação, estamos em fase de revisão do plano, compreendendo a importância de se prestar contas sobre a gestão. É importante também que as pessoas tomem conhecimento das mudanças que estão acontecendo no nosso clima e o que isso vai afetar em suas vidas”, afirmou.
O plano, publicado em 2012, é um instrumento de gerenciamento e planejamento, que reúne ações, programas e projetos voltados para o uso racional, consciente e preservação, pautados na proposta de desenvolvimento sustentável do governo.
Pioneiro na Amazônia, o mecanismo de gestão hídrica foi construído de maneira participativa, resultando na ampliação e modernização da Rede Hidrometeorológica para Monitoramento de Eventos Hidrológicos Críticos, viabilizada por meio de um termo de cooperação técnica com a Agência Nacional de Águas (ANA), bem como a implantação do monitoramento de qualidade de água.
