Durante a cerimônia de encerramento do Festival Pachamama – Cinema de Fronteira, realizada na noite de sábado, 26, no Cine Teatro Recreio, idealizadores e organizadores do evento homenagearam a Secretaria de Estado de Comunicação (Secom) e a Fundação Aldeia de Comunicação (Fundac), como forma de reconhecimento pelo apoio ao longo das sete edições.
A gestora da pasta, Andréa Zílio, recebeu a placa simbólica em nome da equipe e reafirmou a parceria com o evento, colocando toda a estrutura de comunicação à disposição do segmento cultural.
“A Agência de Notícias do Acre, TV e Rádios Aldeia e Difusora Acreana estão sempre de portas abertas para contribuir no apoio e difusão desse e de outros eventos que promovem a cultura em nosso estado. Agradeço, também, ao governador Tião Viana, pois ele nos dá total liberdade para trabalharmos apoiando e incentivando os movimentos culturais”, destacou a secretária Andréa Zílio.
O Pachamama foi promovido ao longo de oito dias, trazendo ao Acre diversas atividades voltadas ao cinema latino, como mostra de filmes, oficinas, palestras, mesas redondas e lançamento de livros, entre outros.
A edição 2016 foi possível graças a emenda parlamentar, feita há cerca de quatro anos, pela então deputada federal, Perpétua Almeida. Por se tratar de recurso, o valor tramitou por meio de uma entidade pública, por isso, a Fundação Elias Mansour (FEM), que representa o setor da esfera estadual da cultura, foi a gerenciadora do evento.
“Nós do governo do Estado cumprimos nossa função de ponte, executando uma emenda parlamentar, o que foi um desafio para nós. Esse é um momento especial, pois foi um evento de sucesso, que cumpriu seu dever de romper diversas fronteiras”, disse a diretora-presidente da FEM, Karla Martins.
O governador Tião Viana também esteve presente na cerimônia, e destacou a importância do Pachamama para o Acre, afirmando que se trata de um patrimônio cultural: “Vocês mostram caminhos diferentes, novas formas de pensar e sentir, por isso, dou minha gratidão a vocês, por estimularem e homenagearem esse ambiente amazônico. Que as fronteiras sejam sempre lembradas como cicatrizes históricas”.
Premiações
O grande vencedor da noite foi o filme Martírio, do diretor Vincent Carelli, que fala sobre a luta dos indígenas Guarani e Kaiowa. O evento premiou, ainda, produções na área de Cine Comunitário, curta-metragem e melhor filme, segundo a Universidade Federal do Acre (Ufac).
A cerimônia contou também com a presença de imigrantes da Gambia, República Dominicana, Haiti e Senegal, que foram convidados para prestigiar a última exibição do festival, o filme “Era o Hotel Cambridge”, que fala sobre a questão da imigração de países africanos.
Outros homenageados da noite foram a cantora Elke Maravilha, em memória, e o militante Abrahim Farhat, o Lhé.
Ao longo dos oito dias, foram mais de 70 filmes exibidos e mais de 20 convidados. O coordenador do festival, Sérgio de Carvalho, destacou o sucesso desta edição.
“Percebi que o festival ocupou Rio Branco, e fico muito feliz por isso. Fomos para o Teatro Barracão, para diversos bairros com o cinema itinerante, com apoio do grupo Nómadas. Tivemos também sessões lotadas ao longo de toda a semana aqui no Cine Teatro Recreio e na Filmoteca Acreana. Então, eu só tenho a agradecer por mais essa acolhida”, afirmou.
O evento contou com a realização do governo do Estado, por meio da FEM, da Saci Produções, Yaneramai Films e Ministério da Cultura, com patrocínio do Banco da Amazônia e apoio da Mistika, Cineclubes Opiniões, Cinema das Ideias, Canal Brasil, Jornal Opinião, Best Western Pluss e Prefeitura de Rio Branco.