A Secretaria de Estado da Mulher (Semulher) realizou roda de conversa com a temática “Direitos fundamentais: diversidade e inclusão”, para os servidores do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC), em Rio Branco. O encontro foi realizado nesta quarta-feira, 9, em formato híbrido.
O evento foi realizado por meio de parceria com a Escola do Poder Judiciário (Esjud), para a formação e letramento dos servidores sobre os direitos das mulheres LBT+ e, em específico, das mulheres transexuais e travestis.
Na palestra, foi abordado o significado da sigla LGBTQIA+, a diferença entre identidade de gênero e sexualidade, identidades de gênero femininas travesti e mulher trans, interseccionalidade, a importância da retificação do nome de pessoas transgênero, a importância de políticas públicas para mulheres LBT+ e também foram esclarecidas dúvidas de como se dirigir, no exercício do serviço público, a uma pessoa trans.
“O tema da diversidade, que foi colocado hoje, é justamente para esclarecimento do que ocorre com as pessoas que estão, em algum momento, não incluídas na nossa sociedade, não estão recebendo o apoio devido e o respeito. Como magistrados, nós que trabalhamos na área de distribuição de justiça, precisamos saber e lutar para que o respeito seja efetivamente aplicado na nossa vivência”, disse a desembargadora Waldirene Cordeiro.
Esta é mais uma ação do projeto Sou A Travesti, Existo!, uma iniciativa da Semulher que tem como objetivo dar visibilidade e fortalecer a luta pelos direitos das mulheres trans e travestis. O projeto inclui atividades como palestras, rodas de conversa e afixação de material informativo.
A responsável pela Divisão de Diversidade de Orientação Sexual e Identidade de Gênero da Semulher, Luar Fernandes, conduziu a palestra e destacou que, “é importante falar sobre gênero e expressão de gênero. As pessoas transexuais, por vezes, deixam de procurar os serviços públicos pelo medo e constrangimento em relação a sua identidade. Por isso, momentos como esse são significativos para a igualdade”.
“Estou muito feliz e contente por estar participando dessa palestra que faz esclarecimentos sobre a questão da inclusão dos grupos minoritários, que lutam por seus direitos. Foi uma palestra muito elucidativa, muito clara. A Luar explicou de forma detalhada, cada nomenclatura, cada definição que, nós, no dia a dia, utilizamos para tratar pessoas LGBTQIA+. Foi muito legal”, salientou a bibliotecária do Tribunal de Justiça, Eli Santana.
Integraram o dispositivo de honra a desembargadora Waldirene Cordeiro; o desembargador Elcio Mendes; o juiz auxiliar da Corregedoria do TJAC, Alex Oivane; a integrante do Comitê da Diversidade Sexual, juíza Andrea Brito; a coordenadora pedagógica do Senai, Edinilza Soster; e o secretário da Associação de Homossexuais do Acre, Germano Marino.