Objetivo do Governo e parceiros é promover alternativa de renda e uma fonte de alimento sustentável nas aldeias
O Governo do Estado, através da Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof), realizou um curso de capacitação sobre manejo e criação de capivaras em cativeiro para comunidades indígenas.
O curso foi realizado no Parque Chico Mendes, no período de 24 a 26 deste mês, e contou com a participação de extensionistas, agentes agroflorestais e representantes de comunidades indígenas de Tarauacá e Cruzeiro do Sul interessados na criação de capivara.
A Seaprof estimula e desenvolve ações para esse tipo de criatório no sistema de semiconfinamento, levando em consideração o que determina a legislação dos órgãos ambientais pertinente a esse tipo de atividade. O curso foi promovido juntamente com parceiros como Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Ibama, Parque Ambiental Chico Mendes, Projeto Caboclinho da Mata e Funai.
Para o representante do povo indígena Katukina da Terra Indígena Campina, na BR-364, município de Cruzeiro do Sul, Edilson Rosa da Silva Katukina, esse curso representa a oportunidade de uma nova aprendizagem e absorção de novos conhecimentos em relação à criação de capivaras em cativeiro, uma espécie que não é comum naquela região e importante para o meio ambiente.
O médico veterinário da Seaprof Antônio Cunha Brozzo, instrutor do curso, acredita que a capacitação contribui de maneira significativa para a preservação dessa espécie e também para a melhoria alimentar e agregação de renda dessas famílias envolvidas com esses futuros criatórios.
Projeto Amê Iná
Este é o nome do projeto desenvolvido pela etnia Katukina, localizada em Cruzeiro do Sul, e significa "criação de capivara", sendo o primeiro criatório de capivara em terras indígenas. É deles também a ideia de confeccionar um jornal, chamado "O Capivara", que propõe divulgar para a comunidade dos Katukina como anda o projeto de criação de capivara.
O projeto nasceu no Plano de Gestão Ambiental dos Katukina, segundo afirmou Edilson da Silva Katukina, agente agroflorestal indígena que participou do curso em Rio Branco.
O jornal "O Capivara", na última edição, descreve o que aconteceu durante o curso de Criação de Capivara, as dificuldades que a comunidade enfrentou e que agora serão superadas quando colocarem em prática os conhecimentos adquiridos no curso.
A ideia da comunidade indígena e divulgada através do jornal é difundir os conhecimentos e as experiência na criação de capivara para outras aldeias.