Saúde realiza oficina de programação anual de metas para a prevenção das infecções sexualmente transmissíveis

Profissionais da saúde e gestores de Rio Branco, Cruzeiro do Sul, Brasileia, Tarauacá e Sena Madureira participam, esta semana, de uma oficina para aprimorar as ações de educação em saúde no que se refere à promoção, prevenção, diagnóstico e tratamento das Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs).

Oficina busca aprimorar a implementação, planejamento, monitoramento e avaliação das ações do programa de ISTs nos municípios prioritários. Foto Odair Leal/Secom.O evento acontece no auditório da Secretaria da Fazenda e faz parte da Programação Anual de Metas (PAM) para a prevenção das ISTs, da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), com o objetivo de traçar o perfil epidemiológico e a planilha de ações executadas em cada município prioritário no período de 2019 a 2020, como explica Suilany Souza, da área técnica da Divisão de ISTs/Aids/HIV/Sífilis da Sesacre.

“O Estado já havia programado essa oficina no final do ano passado, mas por conta da pandemia tivemos que adiar. Um evento importante, porque diz respeito à programação financeira que temos que fazer em cima dos recursos que recebemos relativos aos repasses do Ministério da Saúde para trabalhar prevenção das ISTs no estado. Dentro desse contexto, temos quatro municípios hoje que recebem recurso. Existe um repasse do estado a ser trabalhado em todos os outros municípios que não recebem esse recurso nominalmente”, destaca.

A capacitação visa instrumentalizar os profissionais da área da saúde para coordenar, planejar e executar as ações de vigilância das hepatites virais em seus locais de trabalho, dando mais agilidade ao início dos tratamentos aos pacientes infectados pelos vírus.

“Quando se trata de recurso financeiro, não temos como desenvolver pactuação de metas e ações de trabalho sem que haja um planejamento. A gente precisa saber quanto tem de recurso, qual o perfil epidemiológico, tanto no estado como no município, em relação à caraterização dessa população e suas dificuldades na linha de cuidados. A partir daí, temos um produto final, que é nossa programação anual de metas para prevenção das ISTs”, observa Suilany.

As hepatites virais B e C – responsáveis por cerca de 60% dos casos de câncer de fígado – afetam 325 milhões de pessoas no mundo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Os números são muito preocupantes, especialmente porque a hepatite é uma doença geralmente assintomática, o que dificulta o diagnóstico precoce.

Material de apoio. Foto Odair Leal/Secom.

Segundo dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), foram notificadas no Acre 735 pessoas com hepatite B, C ou D no ano passado, 49 a mais em relação a 2018. De acordo com a Divisão de Infecções Sexualmente Transmissíveis, o aumento tem referência ao alcance maior da população testada e notificações que passaram a ser mais enérgicas a partir de 2019.

A oficina da Programação Anual de Metas será realizada até quarta-feira, 7, abordando os aspectos epidemiológicos do cenário nacional e a importância da programação anual de metas, analisando a situação epidemiológica do Acre com base nos indicadores de cada município.

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