As cirurgias laparoscópicas são minimamente invasivas e proporcionam mais segurança ao paciente
Mudanças, como foco na prevenção, fazem parte dos atendimentos ambulatoriais e cirúrgicos da Fundação Hospitalar do Acre, que no próximo dia 19 completará 31 anos. Os procedimentos cirúrgicos são complexos e a tecnologia da cirurgia por vídeo (laparoscopia) implantada pela Fundhacre, tem auxiliado na tarefa diária de salvar e melhorar a vida de inúmeros pacientes.
Além de reduzir o tempo de internação, diminuir custos hospitalares e colaborar na instrução de residentes e internos de medicina, “as cirurgias laparoscópicas são minimamente invasivas, isto é, com redução de dor no pós-operatório e menos possibilidade de infecção”, comenta o cirurgião David Carneiro.
A instituição continuará a modernizar os processos cirúrgicos, que totalizam 3.796 até novembro de 2020. Desses, 20 foram cirurgias por vídeo contabilizadas somente em setembro deste ano. Os principais procedimentos cirúrgicos oncológicos são das especialidades de pâncreas, fígado, estômago, ovário e nas cirurgias de histerectomia.
Na parte da enfermagem, há treinamentos contínuos para melhor atender os pacientes e os profissionais de saúde, sendo esses responsáveis pelo aprimoramento técnico no núcleo hospitalar.
O médico com especialidade em cirurgia oncológica, David Carneiro, destaca: “A laparoscopia é uma cirurgia por vídeo composta por equipamentos como torre laparoscópica, que agrega monitor, fonte de luz e insuflador, além de integrar o sistema de gravação que permite aos médicos o processo de autoavaliação que ajuda no desenvolvimento profissional de residentes e internos de medicina”.
Em setembro, a coordenação da Central de Material e Esterilização da Fundhacre, em parceria com a Medplus, reuniu profissionais de saúde para um programa de capacitação, que objetivou evidenciar os procedimentos técnicos da esterilização de materiais no centro cirúrgico.
“Os procedimentos são realizados com total segurança para os pacientes. Avançamos muito desde o início do ano, apesar da pandemia, fizemos novas aquisições, principalmente na parte de equipamentos para o centro cirúrgico, para melhor atender a população”, relata o coordenador do Centro Cirúrgico, Erick Souza de Melo.
A comunidade acreana recebe assistência médica por meio de consultas clínicas. Elas integram a rotina do hospital, em que a “melhor ferramenta do médico é sentar-se e ouvir o paciente”, tal como citou Gregorio Marañón, endocrinologista.
A paciente Fernanda Castela já participa há dois anos do grupo de obesidade e conta sobre o atendimento da equipe multidisciplinar.
“Necessitava fazer a bariátrica. Ela foi realizada por meio da cirurgia por vídeo e aconteceu no dia 23 de novembro. O procedimento foi um sucesso, estou em dieta líquida e pronta para receber alta médica. Os desafios são inúmeros, continuo no grupo de obesidade e o cirurgião bariátrico Romeu Delilo acompanha o pós-operatório, assim como a nutricionista e a psicóloga”, relata Fernanda.