Saúde e Iapen realizam mutirão ginecológico em Unidade Prisional Feminina no Complexo Penitenciário de Rio Branco

A Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre) em parceria com Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen) realizou, na manhã desta sexta-feira, 27, um mutirão ginecológico na Unidade Prisional Feminina do Complexo Penitenciário Rio Branco.

Atendimentos foram realizados na Unidade Feminina do Complexo Penitenciário de Rio Branco. Foto: Luan Martins/Sesacre

De acordo com o balanço, foram realizadas 28 ultrassonografias, 4 coletas de Papanicolau (PCCU), 31 consultas ginecológicas e 10 avaliações ginecológicas, totalizando 73 atendimentos. A equipe responsável pelos procedimentos foi composta por três médicos, uma enfermeira, duas técnicas de enfermagem e pessoal de apoio.

“É um grande avanço e é importante, também, destacarmos que a Secretaria de Saúde vem trabalhando a equidade, conforme preconiza o Ministério da Saúde. Hoje, não vamos atender apenas mulheres, mas pessoas que possuem útero, pois sabemos que alguns homens trans também estão aqui e necessitam desse atendimento”, disse o chefe do Núcleo de Populações Prioritárias e Vulneráveis da Sesacre, Nakágima Sanllay.

Chefe do Núcleo de Populações Prioritárias e Vulneráveis da Sesacre, Nakágima Sanllay. Foto: Luan Martins/Sesacre

Segundo a chefe da Divisão de Saúde Prisional do Iapen, Gabriela Silveira, a ação demonstra compromisso da gestão em promover assistência em saúde às pessoas privadas de liberdade. “Elas também têm direito a esse atendimento e essa forma mais humanizada de trazer os profissionais para o ambiente delas mostrando que a gente se preocupa e que tem importância, também”, declarou.

Chefe da Divisão de Saúde Prisional do Iapen, Gabriela Silveira. Foto: Luan Martins/Sesacre

Para Claudia Marques, perita do Mecanismo Estadual de Prevenção e Combate à Tortura, o mutirão favorece a resolução de demandas acumuladas. “Garantir a saúde para essas pessoas é um dos principais eixos da garantia de direitos. E isso trabalha a perspectiva de que essas pessoas cumpram suas penas, mas que voltem para a sociedade ressocializadas”, enfatizou.

Foram realizados 73 atendimentos. Foto: Luan Martins/Sesacre

“Somos reeducandas e nem sempre temos esses atendimentos específicos aqui dentro, geralmente é lá fora. Hoje vou fazer ultrassonografia e gostaria de colher meu PCCU e pedir o encaminhamento para uma mamografia. A gente percebe que é algo com higiene, com cuidado”, expressou a detenta L.S.S.

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