Com larga experiência em gestão pública, Charles André assumiu a responsabilidade de conduzir as políticas públicas de saúde, na regional que engloba os Vales do Juruá, Envira e Tarauacá, desde o dia 25 de setembro. Uma das primeiras ações foi convocar servidores para uma conversa de apresentação e primeiros contatos.
Na ocasião, também foi feita uma homenagem especial à ex-coordenadora, Kátia Messias, que agora vai para outra missão, convocada pelo governo federal: assumir o Departamento de Saúde Indígena.
Segundo Charles André, a reunião teve o objetivo de sensibilizar os servidores para que haja comprometimento e cuidado com as unidades de saúde. “Temos que ser mais vigilantes do que já somos e também reforçar o compromisso com o projeto de governo”, disse.
Charles André garante ainda que o foco de sua gestão será o cuidado com os servidores, cuidar da saúde deles, capacitá-los e incentivá-los à relação interpessoal. “Tentaremos fazer um trabalho de humanização, para que as pessoas que estão ali atendendo, possam estar preparadas para poder dar uma melhor resposta para a sociedade que precisa de nossos atendimentos”, destacou.
Três regionais
A Saúde do Estado do Acre é dividida em três regionais: Alto Acre, Baixo Acre e Purus, e Juruá, Tarauacá e Envira. A Divisão de Saúde da Regional do Juruá, Tarauacá e Envira, coordena a saúde nos municípios da região: Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima, Rodrigues Alves, Porto Walter, Marechal Thaumaturgo, Feijó, Tarauacá e Jordão.
Segundo Charles, a pretensão é fazer uma política diferenciada nos setores mais críticos da Saúde, dentre eles, o Tratamento Fora de Domicílio (TFD). No Vale do Juruá, não há todas as especialidades que o governo gostaria. Charles conta que há uma luta para trazer um neurocirurgião, pois todas as vezes que acontecem acidentes graves, o paciente tem que ser transferido para Rio Branco. “Já oferecemos, inclusive, um salário altíssimo, mas está uma batalha muito grande para trazer este especialista para cá”, contou.
Para o novo coordenador no Juruá, a Saúde no Acre mudou muito nos últimos anos. Ele citou um exemplo: “Se uma pessoa fica 45 minutos no Pronto Socorro sem ser atendida, ela reclama e tem que reclamar mesmo. Gostaríamos que não ficasse mais que dez minutos. Mesmo assim, não estamos tão ruins assim. Em grandes centros, como São Paulo ou Rio de Janeiro, por exemplo, os pacientes chegam a passar quatro dias para serem atendidos em uma emergência”.