combate à sífilis

Saúde do Acre realiza ações em alusão ao Outubro Verde

Desde setembro, a Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), por meio do Núcleo Técnico Estadual de ISTs, HIV/Aids, Hepatites Virais e Sífilis, vem realizando ações voltadas ao Outubro Verde, mês de combate à sífilis. Com o objetivo de conscientizar e estimular a população e profissionais da saúde, o dia nacional de combate à doença é comemorado no terceiro sábado de outubro.

Ação alusiva ao Outubro Verde em Cruzeiro do Sul, com orientações e testagem rápida. Foto: cedida.

Ações de orientação, testagem rápida, cursos, capacitações teóricas e práticas, palestras e apoio às programações nos municípios, são algumas das atividades desenvolvidas. De acordo com a coordenadora do núcleo, Suilany Souza, o mês propiciou uma intensificação dos trabalhos de prevenção, diagnóstico e tratamento contra a sífilis.

“A sífilis é uma infecção altamente transmissível e que pode causar complicações graves, caso não seja realizado o tratamento. O diagnóstico em tempo precoce e o tratamento em tempo oportuno, e de forma adequada, é importante para evitar a transmissão. As pessoas que suspeitarem ter a infecção deverão procurar a unidade básica de saúde mais próxima de sua residência, para, mediante consulta médica e de enfermagem, realizarem o teste rápido e iniciarem imediatamente o tratamento”, alertou a coordenadora.

Dados da Sífilis

Segundo o boletim epidemiológico do Ministério da Saúde (MS), o número de casos de sífilis no Brasil saltou de 3.936 em 2020, para 115.371 em 2021. No Acre, o relatório epidemiológico, elaborado pelo Departamento de Vigilância em Saúde (DVS) da Sesacre, aponta que 1.392 casos de sífilis foram registrados em 2021 no estado, número cinco vezes maior do que o registrado no ano anterior.

Suilany Souza explicou que alguns fatores contribuem para o aumento das notificações. “A pandemia diminuiu a oferta de testagens para as ISTs [infecções sexualmente transmissíveis] e isso dificultou o diagnóstico. Além disso, para cada caso sempre existem outras pessoas interligadas pela infecção. Chamamos de cadeia de transmissão. Outra explicação diz respeito à capilaridade do diagnóstico, cujo resultado é rápido, o que possibilita também um maior rastreio da infecção, ou seja, quanto mais testarmos, mais resultados positivos teremos”, esclareceu.