Saúde divulga boletim epidemiológico das hepatites virais no Acre

O Núcleo Estadual de Infecções Sexualmente Transmissíveis, setor ligado à Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), divulgou esta semana o boletim epidemiológico das hepatites virais 2020 no estado. O informe traz ações, números e orientações sobre a doença no Acre.

O documento mostra que, nos últimos cinco anos, foram notificados 3.702 casos de hepatites virais diversas no estado, sendo que, desses, 19 casos foram referentes a pacientes de Rondônia e Amazonas. A Regional do Baixo Acre contabiliza a maior incidência da doença, totalizando no período 2.433 casos de hepatites.

A hepatite B é a forma mais comum e responde por 71% de todos os casos registrados. O vírus da hepatite C é responsável por cerca de 25% do total de casos notificados em todo o estado. O resultado do boletim considera as variáveis: sexo, idade, raça/cor, taxa de cobertura vacinal, regionais de saúde e municípios.

No Acre, a cobertura vacinal para hepatite B no período de 2015 a 2019 com mais expressividade foi registrada no ano de 2015, que alcançou 82,62% do público-alvo. Logo em seguida, vem o ano de 2016, com 81,55% de cobertura. Já o ano de 2019 registrou os percentuais mais baixos no estado em relação aos últimos cinco anos, tendo alcançado apenas 51,17% da meta vacinal.

Informe epidemiológico hepatites virais 2020 – taxa de cobertura vacinal para hepatite B nos últimos cinco anos

A população de adultos jovens é a mais afetada no Acre pelas infecções por hepatites virais. As faixas etárias que apresentam maior concentração de casos são de 20-34 anos e de 35-49 anos. No Acre, conforme dados do Sistema Hórus do Ministério da Saúde (MS), 1.303 pacientes estão atualmente aderidos ao tratamento das hepatites virais.

As hepatites virais B e C – responsáveis por cerca de 60% dos casos de câncer de fígado – afetam 325 milhões de pessoas no mundo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Os números são muito preocupantes, especialmente porque a hepatite é uma doença geralmente assintomática, o que dificulta o diagnóstico precoce.

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