Na saúde é sabido que a depressão durante a gravidez é um transtorno de humor mais comum do que se imagina. Segundo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em 2016, de cada quatro gestantes no pais, três sofreram de depressão durante a gravidez e, principalmente, após o parto.
E com o objetivo de elaborar estratégias e executar ações a fim de tratar e cuidar de grávidas que apresentam sintomas da doença, o governo do Acre, por meio da Secretaria de Saúde (Sesacre), realiza a apresentação dos resultados da Pesquisa dos Níveis de Ansiedade e Depressão em Gestantes do Projeto 150 Mil Chances de Vida.
Após um ano de pesquisa realizada no Acre com atenção às grávidas, será realizada na próxima segunda-feira, 13, às 9 horas, no auditório da Assembleia Legislativa do Acre, a apresentação dos dados da pesquisa. O projeto 150 mil chances de vida é realizado por meio de uma parceria, firmada em 2016, com o Complexo Pequeno Príncipe, localizado no Paraná.
João Paulo, gerente do Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas (Dape), destaca a importância da pesquisa. “O importante agora é conhecer o percentual das grávidas do estado que passam por esse tipo de depressão durante e após a gravidez. A partir desses dados, vamos avaliar e executar ações de políticas públicas, que beneficie e ajude essas mulheres”.
Quem já passou por uma gravidez, mesmo que não tenha tido depressão, sabe que as alterações no humor são mais do que normais. Que diga a funcionária pública Raimunda Rodrigues que foi mãe há pouco mais de três meses.
“Graças à Deus que não tive, mas é um bom caminho essa iniciativa, já que muitas grávidas desenvolvem a depressão muitas vezes por não ter a companhia do parceiro por exemplo, chegando até não conseguir amamentar o bebê. Durante a gravidez, a oscilação de humor é bem maior, e a gente acaba tendo menos cuidado com a alimentação podendo até prejudicar o desenvolvimento da criança.”