[vc_row full_width=”stretch_row_content” full_height=”yes” parallax=”content-moving” parallax_image=”268650″ parallax_speed_bg=”1″ css=”.vc_custom_1491508363699{margin-top: -80px !important;}”][vc_column][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_custom_heading text=”Sambrasil: a banda acreana que cantou e encantou uma geração” font_container=”tag:h2|font_size:40|text_align:left” google_fonts=”font_family:Lobster%20Two%3Aregular%2Citalic%2C700%2C700italic|font_style:700%20bold%20regular%3A700%3Anormal”][vc_column_text]Desde os primórdios da raça humana, a música sempre foi vista como ferramenta de agregação, seja nos rituais religiosos, nas comemorações anuais ou até mesmo nas rodas dos indígenas amazônicos que tocavam e continuam tocando os seus tambores rústicos que compassam cânticos em louvor à lua. Todos juntos ao redor de uma fogueira como também faziam os Hippies.
No Acre, a música seguiu a sua missão de agregar. Nos seringais, quando as terras ditas urbanas ainda não eram demarcadas, a música uniu. O forró pé de serra e a Cachaça Cocal vinda de Igarapé- Mirim, município do estado do Pará, e vendida aos seringueiros a preço de uísque importado sempre animou e tornou coletiva aquela vida difícil. Era homem dançando com homem, compadre com compadre, pais com filhos, irmão com irmão e, às vezes, até o “risca faca” rolava, mas a alegria sempre era dividida e todos queriam saber em qual colocação seria o próximo rala cocha, o forrozinho do bom, o mexe–mexe o bole-bole.
O tempo passou, as coisas mudaram e com elas o rádio a pilha chegou, trazendo um novo formato de propagação da música; e por meio das suas ondas tropicais, a Rádio Difusora Acreana, a Voz das Selvas, que completa 73 anos de fundação no ano em curso, começou a influenciar apresentando aos acreanos produções nacionais e internacionais de músicas de diferentes estilos e expressões.
A música tocou o Acre e os acreanos também apreenderam a tocar a música. Jorge Cardoso, Da Costa, Tião Natureza, Geraldo Leite, Franco Silva, Altemir Roger, Andrelino Caetano, Fernando Galo entre outros nomes fizeram e fazem da arte o seu ofício tornando a música feita nestas brenhas amazônicas referência para as novas gerações e reconhecida e respeitada por todo mundo.
A música, quando autêntica se torna universal. Os jovens da época Marcelo Silva, Jaide Gonzaga, Antônio Charles, André Dantas, Eliony Moreira, Sandoval Dias, Luiz Vanadie, Alexandre Rocha e Francisco Ferreira sonharam e acreditaram no sonho, e como os grandes citados anteriormente, também desejaram escrever seus nomes na história da música acreana. O grupo de amigos formou nos meados da década de 90 a banda autoral Sambrasil, que em pouco tempo se tornaria o conjunto musical mais popular do estado.
[/vc_column_text][vc_single_image image=”268654″ img_size=”full” alignment=”center”][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_custom_heading text=”Sucesso mundo afora” font_container=”tag:h2|font_size:40|text_align:left” google_fonts=”font_family:Lobster%20Two%3Aregular%2Citalic%2C700%2C700italic|font_style:700%20bold%20regular%3A700%3Anormal”][vc_column_text]Acompanhando uma onda nacional o conjunto tinha o pagode, estilo popular da época, como principal referência de trabalho. Rápida e intensa foi como um dos membros da banda definiu a trajetória do grupo. O projeto, mesmo formado por músicos jovens, sem muita experiência no show business ou em qualquer cenário dos grandes espetáculos, em pouco tempo se tornou um sucesso que até os dias atuais é uma referência para as novas bandas acreanas.
O show animado e com proporções de grandes espetáculos, a harmonia dos instrumentistas e a energia das músicas tornaram a Sambrasil uma banda cativante que conquistou toda uma geração de frequentadores do Juventus, AABB e Casa Nossa, entre outras casas noturnas e clubes locais.
A banda também deixou a sua marca pela visão empresarial. Um grupo muito organizado que contava com empresários, produtores, técnicos de som, equipe de apoio entre outros auxílios modernos para a época.
Eles saíram do Acre, tocaram em vários estados, moraram por um período no Rio de Janeiro, Fortaleza e São Paulo, conquistaram diferentes públicos e também tocaram no Peru e na Bolívia, levando a produção artístico-cultural acreana além das fronteiras.
No período de atividade da banda foram produzidos dois discos, assinados pelas referências da produção musical Brasileira, por Jorge Cardoso e Prateado. Entre os trabalhos assinados pela banda apenas um dos discos foi lançado oficialmente na íntegra.
Atualmente, os músicos que idealizaram a Sambrasil seguem em projetos paralelos país a fora, mas o sentimento de ciclo que não se fechou ainda existe, tanto dentro do grupo como também entre os inúmeros fãs que a banda deixou.
Agora em 2017, a banda iniciou um trabalho de produção que busca reunir todos os músicos da formação original para a realização de uma única apresentação em Rio Branco. O evento que já tem o seu local definido, depende apenas da conciliação das agendas dos músicos para acontecer, e busca homenagear os fãs acreanos que durante muito tempo acompanharam sua trajetória de sucesso.
Confira na íntegra uma entrevista exclusiva que foi produzida na última quarta feira 24, no teatro da Usina de Arte João Donato. Os músicos de forma descontraída falaram dos seus trabalhos paralelos, sonhos realizados com a banda e declararam amor aos seus fãs.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_custom_heading text=”Entrevista” font_container=”tag:h2|font_size:40|text_align:left” google_fonts=”font_family:Lobster%20Two%3Aregular%2Citalic%2C700%2C700italic|font_style:700%20bold%20regular%3A700%3Anormal”][vc_column_text]
Existe um ciclo que não se fechou no projeto musical Sambrasil?
– Existe uma necessidade de abraçar os fãs que sempre demostraram muito carinho pelo nosso trabalho. A banda ganhou grandes proporções, cada músico foi cuidar da sua vida e dos seus projetos, mas esse é um momento de reencontro.( Marcelo Silva – vocalista e instrumentista).
– O nosso trabalho foi muito intenso e rápido. Gravamos dois discos, tocamos em vários estados brasileiros, levamos o nome do Acre junto com a gente por onde passamos. Foi um ciclo de muito trabalho e esse reencontro nos trazem boas memorias. (Alexandre Rocha – percussionista).
Qual é o sentimento que surge após esse reencontro?
– Sempre fomos uma grande família e está sendo muito interessante reviver tudo isso. Mesmo sabendo que a banda não pretende voltar aos palcos, é muito gratificante reencontrar todos esses companheiros de sonho e lutas (Jaide Gonzaga- percussionista).
– A música novamente está fazendo o seu papel de agregar. Eu me orgulho e sou grato por ter feito parte deste projeto. E pensar em um último show com todos esses meus parceiros é novamente sonhar em poder compartilhar uma linda historia com o nosso público. (Alexandre Rocha – percussionista).
O que a Sambrasil deixou de legado para a música acreana?
– Nosso maior legado foi a contribuição que deixamos em questões de organização enquanto banda. O nosso estilo de interatividade com o público, o poder e energia das nossas canções autorais também deixaram a sua marca, foi aí nosso diferencial, sempre tocamos a nossa música. (Marcelo Silva – vocalista e instrumentista).
– A qualidade musical dos instrumentistas que fazem parte do grupo também ditou um novo nível para os músicos acreanos. Estudávamos muito, ouvíamos varias referências e tudo isso refletia no nosso trabalho. Todos queriam tocar como a Sambrasil. – (Jaide Gonzaga percussionista).
Qual é a avaliação que vocês fazem do cenário atual da música acreana?
– O nosso estado sempre revelou grandes talentos, isso é inegável. No nosso trabalho mesmo, sempre seguimos e nos espelhávamos nas referências acreanas mais antigas. E atualmente isso se repete no surgimento de várias bandas autorais acreanas que também levam o nosso do Acre com muito orgulho. (Alexandre Rocha – percussionista).
– Eu continuo tocando no Acre e levando esse estado comigo por onde passo. A música acreana e os seus músicos sempre conseguiram destaque por conta da sua autenticidade e sempre vai ser assim. O que precisamos é buscar maneiras que incentivem a produção e ter ciência de que as dificuldades sempre irão existir. (André Dantas – Maestro Pianista).
O que era o Show da Sambrasil?
– Era um momento de troca de energia verdadeira com o público. Um sonho que sempre que me recordo, fico emocionado. (Francisco Ferreira- Baterista).
– Os nossos shows eram como uma coroação do nosso trabalho e esforços. Tínhamos um público fiel e quando começávamos a tocar a festa e a alegria ganhavam novas proporções. Chegamos a reunir mais de 7 mil pessoas em um dos nossos shows no ginásio do Sesi, um grande momento de emoção. Era a banda Raça Negra no Brasil e a gente no Acre. Era uma verdadeira loucura. (Marcelo Silva – vocalista e instrumentista).
Como foi à experiência nacional da banda?
– Conseguimos alcançar grandes proporções com o nosso trabalho. Tocamos em vários locais do Brasil e também em outros países. A experiência foi muito positiva, gravamos discos com grandes referências da produção, participamos de grandes eventos e adquirimos novas experiências. (Jaide Gonzaga percussionista).
– Até os dias atuais, mesmo com muito tempo sem a banda fazer uma apresentação, ainda somos conhecidos. Muito disso se agregou ao nosso estilo de trabalho e responsabilidade durante as nossas apresentações. (Alexandre Rocha – percussionista).
A banda tem algum projeto incompleto ou que ainda tem vontade de realizar?
– Temos um disco que ainda não foi lançado. E agora com esse reencontro, o nosso desejo é poder disponibilizar as nossas canções inéditas para o publico que sempre nos acompanhou. Realizamos muitas coisas, mas esse disco ainda precisa chegar até as pessoas, seria uma maneira de retribuir o reconhecimento e todo o amor que sempre recebemos do público; nós tínhamos um fã club com 600 pessoas, com carteirinha. (Marcelo Silva – vocalista e instrumentista).
– A vida é um processo construtivo, e mesmo sabendo que a banda não pretende montar uma agenda de shows, seguimos amigos compartilhando nossos sonhos e projetos paralelos. (Jaide Gonzaga percussionista).
O que vocês podem adiantar para os que estão lendo esta entrevista sobre a apresentação prevista para 2017?
– Será um show que terá a missão de encerrar um ciclo de muitas vitórias e música. O que podemos adiantar é que estamos preparando um grande espetáculo que será a nossa forma de homenagear e estender o nosso abraço ao público fiel que sempre esteve ao nosso lado. (André Dantas – maestro pianista).
– Um grande espetáculo que ira simbolizar o encontro de todos esses amigos que colocaram juntos os seus nomes na história da musica acreana. Queremos sentir novamente a energia de encontrar os nossos fãs e juntos cantarmos nossas canções. (Marcelo Silva – vocalista e instrumentista).
Lembrando que todo fim é na verdade um novo início.
– Risos (banda)[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_column_text]A banda SamBrasil marca sua volta à cena musical de Rio Branco após 16 anos, com o show Reencontro, no dia 7 de abril, às 23 horas, no Maison Borges.
Para incrementar o projeto musical com caráter beneficente, a banda fez uma parceria com a primeira-dama Marlúcia Cândida, coordenadora do Acre Solidário, para arrecadação de alimentos com a venda de ingressos.
O primeiro lote da ala vip é vendido no valor de R$ 40 mais um quilo de alimento não perecível no ato da compra. Os ingressos solidários podem ser adquiridos na loja Zinguer, na Galeria 5, no centro de Rio Branco.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_text_separator title=”Texto George Naylor || Designer Adaildo Neto”][/vc_column][/vc_row]