No Centro de Rio Branco, no antigo prédio do Depasa, ao lado da Casa Civil, funciona atualmente a Sala de Situação, que desde as últimas semanas coordena todas as ações nas cidades atingidas pelas cheias dos seus rios no Acre. É nessa sala que estão reunidas diversas entidades do governo, monitorando todos os dias e a todo momento, a situação das cheias dos rios que cortam as cidades acreanas.
“O que fazemos aqui é tomar todas as decisões estratégicas exigidas nesse momento em todos os níveis”, explica o chefe da Defesa Civil Estadual, coronel Oliveira. A coordenação-geral da Sala de Situação fica nas mãos da Chefe de Gabinente da Casa Civil, Márcia Regina.
O grupo de profissionais utiliza o Sistema de Comando Operacional. Nesse sistema, várias entidades se tornam integradas, com comandos independentes, mas voltados para os mesmos objetivos na logística operacional e, principalmente, facilitando a comunicação, não deixando lacunas de desconhecimento do que cada órgão está realizando, centralizando o controle e facilitando a transparência das ações.
São três reuniões por dia. A primeira acontece sempre às 9 horas, quando é realizado o planejamento de ações para o dia seguinte. A segunda é feita às 17 horas, com o governador Tião Viana, para a avaliação da situação atual, demandas e soluções. A última reunião do dia, às 18 horas, serve para integrar todas as informações.
“A sala é importante porque a população do interior passa a ter uma resposta mais imediata, o que é mais do que necessário agora”, disse o vice governador, César Messias.
No primeiro momento, a Sala de Situação ficou responsável pela parte operacional, com socorro imediato, mobilização de pessoal e equipamentos para retirada e socorro de famílias desabrigadas. Agora, além da parte operacional, o grupo realiza o trabalho assistencial, cuidando das pessoas, gerando saúde, segurança e conforto em todos os municípios atingidos pela elevação das águas de seus rios.
São atitudes que parecem simples, mas que exigem um planejamento estratégico para que tudo funcione em tempo hábil, garantindo o envio de barcos e caminhões para os locais necessários, assim como equipes, mantimentos, distribuição das doações e arrecadadas.
Os membros da Sala de Situação planejam agora visitar os locais isolados, onde vive a população ribeirinha, que também foi bastante atingida pela alagação e já tem começado a receber ajuda governamental.