Cerca de quarenta bairros da capital passam por obras do governo do Estado, por meio do Departamento Estadual de Pavimentação e Saneamento (Depasa). Quatro já foram concluídos e agora possuem rede de água, drenagem, esgotamento sanitário e pavimentação. Um deles é o Loteamento Santa Quitéria, no bairro Vila Ivonete.
O aposentado Árito Rosas Júnior conta que o local não tinha esgotamento sanitário nem asfalto. “O esgoto caía aqui a céu aberto, com isso nós tivemos problema. Agora melhorou muito, uns 95%. Toda tarde a gente coloca as cadeiras aqui na frente e fica reunido pra conversar”, destacou Júnior.
{xtypo_quote_right}O Estado não recebe nem vai receber nenhuma obra que não esteja dentro dos padrões de qualidade previstos pelas normas técnicas
Marcos Lourenço{/xtypo_quote_right}
Apesar de poucos bairros terem sido 100% concluídos, cerca de 500 vias em diversas regiões da capital já foram contempladas pelo Programa Ruas do Povo, mas só podem ser consideradas recebidas quando o Depasa assina um termo junto à empresa. O Loteamento Altamira, localizado na região das Placas, é um dos que foi parcialmente concluído. O grau de satisfação entre os moradores é alto.
A professora Isabela Cristina, moradora do Altamira há seis anos, conta que enfrentava muitas dificuldades antes da pavimentação da rua. Ela aprova o trabalho realizado. “Com certeza. Era uma invasão, como se diz, mas hoje já melhorou muito. Antigamente a gente tinha um carro e ele dormia distante de casa porque não entrava devido à lama, quando chovia. Agora é outra história: colocamos na garagem”, ressaltou Isabela.
O diretor-presidente do Depasa, Felismar Mesquita, disse que o verão atípico afetou a produtividade das obras. “Foram várias pancadas de chuva durante este verão, o que de certa forma complicou o andamento das obras. Mas nós conseguimos avançar bastante. Retomamos, inclusive, algumas obras que estavam paralisadas, como os bairros Vitória e Belo Jardim, que são grandes, e as obras estão sendo reiniciadas a partir de agora, do mês de outubro, para que possam ser concluídas em 2014”, afirmou.
Controle de qualidade das obras
Para que uma obra seja considerada recebida pelo Estado, ela precisa estar dentro dos padrões técnicos previstos no contrato. E esse controle já começa com as visitas dos fiscais do Depasa durante a realização do serviço por parte da empresa. “Nós temos também o apoio da Fundação de Tecnologia do Acre (Funtac), que verifica a parte técnica e laboratorial dos serviços realizados, avaliando a qualidade do material que está sendo usado”, frisou Marcos Lourenço, diretor de Pavimentação do Depasa.
Cerca de 500 ruas em diversos bairros já foram concluídas em Rio Branco. Marcos Lourenço ressalta que aquelas que apresentaram problemas serão reparadas. “Quando um serviço não se adequa às nossas especificações, mandamos notificações às empresas e elas têm obrigação de refazer o serviço, sem nenhum ônus para a administração pública. O Estado não recebe nem vai receber nenhuma obra que não esteja dentro dos padrões de qualidade previstos pelas normas técnicas”, disse.
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Início do programa em novos bairros
Recentemente tiveram início as obras do Ruas do Povo no bairro Bahia Velha. Agleísa Veloso, professora e moradora da comunidade, há muito tempo espera pelos serviços de infraestrutura urbana. “Eu acho bom. Já faz 14 anos que moramos aqui, então a gente fica assim, na expectativa de que sejam concluídas as obras e que venha a ter asfalto, de preferência”, afirmou Agleísa.
De acordo com Felismar Mesquita, o Ruas do Povo vai atingir sua meta esse ano de alcançar 933 ruas. “A gente tem uma perspectiva de avançar em outros bairros que ainda não foram contemplados pelo programa. Faltam pouco mais de quinze bairros a ser entregues ainda este ano com as obras completamente feitas, e ano que vem a gente fecha o programa no Acre inteiro com todas as ruas pavimentadas”, disse o diretor-presidente.
O bairro Caladinho começa a receber as primeiras intervenções do programa Ruas do Povo. Para Felismar Mesquita, executar o programa na região é um desafio. “Não apenas para o Depasa, mas para o governo. O Caladinho não tem qualquer infraestrutura implementada, nós vamos iniciar do zero. Esperamos fazer as primeiras intervenções este ano ainda, com os grandes acessos ao bairro, para, a partir daí, conversando com a comunidade, a gente poder traçar esse novo arruamento, para que no verão do ano que vem a gente leve rede de água, esgoto, drenagem, pavimentação e calçada”, finalizou Mesquita.