O Rio Acre, se seguir a projeção lógica, vai continuar subindo. Essa análise, defendida pela Defesa Civil, se baseia no volume de águas que o rio atingiu em Assis Brasil, e que agora começa a vazar, passando por Brasileia, onde inundou 95% da cidade segundo a prefeita Leila Galvão. A água está chegando a Xapuri e deve vir a Rio Branco, elevando ainda mais o nível das águas na capital.
O estado é de alerta e a situação requer cuidados. Em Xapuri todos estão em prontidão, e equipes já se preparam para prestar assistência às famílias, que já estão avisadas. Em Rio Branco mais alojamentos estão sendo construídos para abrigar os desalojados.
As informações acima são da última reunião do gabinete integrado de mobilização da alagação, que se reúne duas vezes por dia com o governador, prefeito, Defesa Civil Nacional, Estadual e Municipal, Exército, secretarias, além de outros órgãos integrantes.
“O comitê está se reunindo para nivelar as informações, avaliar a situação e decidir os próximos passos a serem tomados com base na evolução dos quadros que temos. A situação é crítica e estamos trabalhando com uma projeção caso suba mais meio metro, aonde a água atinge, quantas famílias serão atingidas e quantas desabrigadas. Estamos atentos”, disse o vice-governador César Messias.
O prefeito Raimundo Angelim pediu que as famílias continuem sendo solidárias e possam abrigar vizinhos e parentes. “O rio ainda vai subir e mais pessoas serão desalojadas. Nós esperamos que essa seja uma situação temporária, estamos construindo mais boxes para alojar as famílias, estamos trabalhando para montar mais equipes de voluntários e nos esforçando para fazer o melhor possível”, comentou.
O major George Santos, da Defesa Civil, alertou que o rio vai continuar subindo. “O Rio Acre apresentou uma tendência de estabilidade e subiu um centímetro a cada três horas, mas o Riozinho do Rôla e o Purus continuam subindo e isso vai ser refletido em Rio Branco. Pedimos a compreensão da população na chegada das equipes de socorro, estamos nos esforçando ao máximo, mas precisamos contar com toda a ajuda possível”.