Defesa Civil alerta população para cuidados com energia e animais peçonhentos. Pedido de remoção pode ser feito pelo 193
O rio Acre ultrapassou a cota de transbordamento de 14 metros às 6 horas desta sexta-feira, 18, quando atingiu 14,04. Às 9 horas já estava em 14,10 metros. Apesar disso, até o momento, nenhuma família solicitou ajuda para sair de casa. Com o rio neste nível somente quintais começam a alagar. A Defesa Civil Estadual faz o monitoramento do rio Acre e seus afluentes por meio dos boletins emitidos com base nos dados das plataformas instaladas em 22 pontos estratégicos e com vistoria in loco.
O Riozinho do Rola, maior afluente do rio Acre, está com o nível oscilando e ontem à noite atingiu 14,78. Ele é um dos que recebem maior atenção da Defesa Civil por influenciar diretamente o volume de água sobre o rio Acre na região de Rio Branco. Em 2015, quando ocorreu a maior enchente registrada na capital, o Riozinho do Rola chegou a 17 metros. Para 2019, a meta determinada pela Agência Nacional de Águas (ANA) é definir cotas de alerta e transbordamento em todas as regiões onde há maior concentração de pessoas.
O tenente-coronel James, coordenador da Defesa Civil Estadual, alerta para os cuidados que a população deve ter neste momento. O mais importante é observar o nível da água nos quintais, que sobre gradualmente às vezes de forma rápida, para requerer a tempo a remoção para o abrigo instalado no Parque de Exposições Marechal Castelo Branco. Caminhões já estão preparados para atender esta demanda que pode ser solicitada pelo número 193. O Ciosp recebe o pedido e encaminha à Defesa Civil.
Suspensão da energia e animais peçonhentos: cuidado redobrado
Uma das maiores dificuldades encontradas pelas equipes da Defesa Civil é conscientizar a população para que peça o desligamento da unidade consumidora assim que a água estiver chegando perto do padrão de energia. “Esse é nosso maior problema. Muitos não querem desligar e muitas vezes esse pedido tem que ser feito por nós. Nessas localidades é comum o uso das boias do tipo mergulhão geralmente ligadas a cabos velhos e desencapados e isso traz risco para todos”, diz o coordenador da Defesa Civil do Estado. A atenção deve ser redobrada também para evitar acidentes com animais peçonhentos como cobras, escorpiões e aranhas, que saem de seu habitat quando as águas começam a subir.