Revitalização e uso do Casarão são tema de audiência pública

Governo trabalha na restauração desse prédio histórico, que já foi cenário de importantes movimentos culturais do Acre

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Obra busca o resgate da arquitetura original do prédio (Foto: Luciano Pontes/Secom)

Com a proposta de discutir a importância do tombamento do Casarão como patrimônio histórico de Rio Branco, e sua destinação tão logo seja concluído o processo de revitalização do prédio, foi realizada nesta terça-feira uma audiência pública com a presença de representantes do Conselho de Patrimônio Histórico e Cultural, da Fundação de Cultura Elias Mansour e da sociedade civil.

O Casarão, localizado na área central da capital acreana, foi tombado em 2009 a partir da manifestação popular, através de abaixo-assinado. Esse é o primeiro e único imóvel tombado por iniciativa da sociedade. Os demais bens que compõem o conjunto tombado no Acre são fruto da vontade do Conselho de Patrimônio ou do Governo do Estado, por meio da Fundação de Cultura Elias Mansour.

“O processo de tombamento do Casarão foi diferenciado, e a audiência pública é importante na medida em que permite o debate com a sociedade no sentido de coletar opiniões, sugestões e ideias para a destinação do espaço depois do término da revitalização, além de ser um momento de socializar as informações”, destacou o diretor-presidente da Fundação de Cultura Elias Mansour, Daniel Zen.

A ideia é transformar o Casarão em um espaço cultural, como um ambiente que abrigará as diversas linguagens artísticas-culturais, retomando com o conceito de memória social, de identidade como espaço que promoverá o respeito à diversidade cultural e à criatividade humana.

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Participaram do encontro no Teatrão representantes do Conselho de Patrimônio Histórico e Cultural, da Fundação de Cultura Elias Mansour e da sociedade civil (Foto: Luciano Pontes/Secom)

Para o conselheiro de Cultura e do Patrimônio Histórico, Dalmir Ferreira, o debate na audiência pública mostra a importância da participação popular. “Nossos debates no Conselho giram em torno de como é fundamental fazer com que as decisões tenham mais a participação da sociedade e as formas para que tenhamos resgatada a memória, e de como fomentar a identidade própria”. Dalmir lembrou ainda dos encontros realizados no Casarão na década de 70. “O Casarão era um espaço sagrado de reunião”.

Durante a audiência foi apresentado o projeto arquitetônico de revitalização do Casarão e a proposta de uso e destinação do mesmo após a revitalização. De acordo com o secretário de Obras, Eduardo Vieira, antes o primeiro passo da restauração do espaço foi a pesquisa histórica através de fotografias para que fosse identificada a estrutura original do prédio. “Estamos fazendo um trabalho para resgatar a arquitetura original do prédio, esta é uma obra delicada por ser uma edificação em madeira. Não queremos demolir e sim fazer um trabalho cuidadoso de restauração”.

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