A comida do carnaval: pratos regionais, tacacá, canja de galinha e rabada no tucupi
A praça de alimentação do Carnaval na Floresta Digital é, segundo os comerciantes que há anos servem comidas típicas e exóticas durante a festa, um dos indicadores das mudanças na Folia de Momo no Acre. Antes, um grande arraial, de muita desorganização, brigas, confusões. Hoje, uma festa que une modernidade e tradição com paz, segurança e diversão – muita diversão. “As pessoas vinham aqui para beber e ficar pulando. Tinha muita briga, era tudo desorganizado”, disse Zenilda Moreira, que todos os anos, desde que o carnaval popular foi transferido do Calçadão da Gameleira para o estacionamento do estádio Arena da Floresta, serve pratos regionais e típicos de uma festa cheia de agitação e emoções. Um dos pratos mais pedidos é a rabada no tucupi, que é uma receita da culinária nordestina, que leva rabo de boi cozido no molho de tucupi, que é o sumo da mandioca, este uma criação dos índios.
Com o dinheiro que está faturando neste Carnaval, Zenilda irá juntar a outras economias para abrir, em março próximo, um restaurante no bairro do Bosque, em Rio Branco. “Meus pratos são conhecidos e populares”, diz.
Até esta quarta noite de folia na Arena, o faturamento dos 78 quiosques da praça de alimentação tem sido, na opinião dos comerciantes, “bom”. Núbia Sobral, cuja especialidade é a buchada de carneiro, afirma: “Vende bem mesmo”, responde em tom de comemoração á pergunta sobre a quantidade de pedidos do prato. O preço? R$15,00 por uma porção que dá para duas pessoas.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) costuma recomendar que ao sair de casa o folião deve fazer uma alimentação leve, a base de frutas, legumes e massas. Deve beber bastante água e sucos. E na Arena, pode-se desfrutar de qualquer alimento porque é tudo acompanhado pela Vigilância Sanitária. “O importante é que a pessoa se alimente bem”, disse Lúcia Carlos, coordenadora do Samu.
O tacacá é marcante na preferência do acreano. Mas a velha receita da mamãe, a canja de galinha, parece que foi aprovada pela ciência, que já comprovou os efeitos benéficos de dois elementos presentes nesse prato: o calor e um aminoácido presente na carne da galinha. A canja pode ser encontrada a R$5,00 o prato na banca de Deina Sandra de Oliveira Carneiro, que há três anos trabalha no carnaval da Arena. “O carnaval está bom, a festa é boa e nada melhor que uma canjinha para dar força”, disse.