Reunião técnica consolida Manual de Sistemas de Produção de Seringueiras

Evento vai informar sobre diversas formas de produção de mudas

Técnicos do governo do Estado, Embrapa, Universidade Federal do Acre, da Universidade de São Paulo e produtores rurais reúnem-se dias 23 e 24 próximos para elaborar o Manual do Sistema de Produção de Seringueiras do Estado do Acre. A reunião técnica vai consolidar informações sobre diversas formas de produção de mudas, implantação do seringal e exploração do látex, clima e mapeamento, que são incluídas como orientação no estabelecimento de projetos de novos seringais.

Durante dois dias técnicos e produtores rurais discutem temas relacionados a sistemas de produção de seringueiras. O objetivo é a elaboração de um manual com orientações desde produção para o cultivo da seringueira no Estado a orientação no estabelecimento de projetos de novos seringais e análise econômica para os seringais em formação e em produção.

“O objetivo é que esse sistema de produção permita aos pequenos e médios produtores executar todas as operações de implantação de um seringal de cultivo, inclusive preparo de mudas”, explica o gerente de Subvenção Ambiental da Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof), Ademir Batista.

O Programa Florestas Plantadas tem quatro linhas: florestas energéticas, de produção, frutíferas e uma voltada para a utilização em móveis e artefatos. A primeira a ser trabalhada pelo governo do Estado é a de produção, que agrega as espécies de castanheira e seringueira. A ideia do programa não  é apenas plantar árvores para reflorestar áreas alteradas. Tudo faz parte de uma lógica de sustentabilidade trabalhada no conceito de gerar renda a partir da floresta em pé. Seringueiras e castanheiras, por exemplo, são duas espécies com potencial produtivo dentro da economia de base florestal.

O Florestas Plantadas é um dos instrumentos de consolidação da economia do Acre, baseada em baixo carbono e alta inclusão social. Está no âmbito da proposta acreana para o mecanismo de Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação.

Crédito com juro baixo e carência alta

Segundo Ademir Batista, 90% do látex acreano é proveniente de seringais de cultivo. Em 2009 foram produzidas 1,1 mil toneladas de látex, provenientes de áreas nativas e de cultivo. Daqui a sete anos, quando as seringueiras plantadas agora se tornarem produtivas, a meta é uma produção de 1,2 mil quilos por hectare no primeiro ano produtivo, 1,5 mil no segundo ano e atingir a marca de cinco mil toneladas de produção por hectare em 2015.

Dentro do programa, o governo do Estado oferece todo o preparo da terra e a assistência técnica. O extrativista entra com a manutenção das áreas e a compra das mudas, que é  financiada pelo Pronaf, por meio do Banco da Amazônia.

O extrativista tem sete anos para começar a pagar, ou seja, só depois que o seringal se tornar produtivo. Ele paga 13 parcelas anuais de R$ 800, em média, cada uma. É  um financiamento com juros atrativos e condições bastante favoráveis de pagamento.

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