Representantes de grupos religiosos agradecem governador por manter igrejas abertas durante a pandemia 

A crise socioeconômica agravada pela Pandemia do novo coronavírus é realidade que, por mais que muitos tentem amenizar e até esconder, não há como ser desconsiderada. A vida cotidiana foi drasticamente alterada, o medo do sofrimento e da morte foi potencializado, a depressão e doenças psicológicas explodiram e a lógica do mercado que rege a economia foi posta à prova com altas demonstrações de fracasso.

Altamente contagiosa e com níveis de letalidade que requerem cuidados redobrados, a necessidade de manter as pessoas afastadas tem sido um dos maiores desafios para autoridades. Com medidas que proíbem aglomerações e regulações do que pode ou não funcionar, o propósito dos governantes tem sido basicamente manter a doença sobre controle e evitar o colapso do sistema de saúde. Entre as maiores discussões, está o funcionamento das igrejas. Será que as atividades desenvolvidas pelos líderes religiosos poder ser consideradas essenciais?

Representantes de grupos religiosos agradeceram governador nesta quinta-feira, por manter igrejas abertas durante a pandemia  Foto: Marcos Vicentti

No Acre, após estudos e reuniões com o comitê de controle a doença, nesta segunda fase da pandemia, quando houve nova necessidade de regulação das atividades comerciais, foi decidido pelo governador Gladson Cameli, a inclusão das igrejas como atividade essencial. Seguindo protocolos exigidos pela vigilância Sanitária, ocupando apenas 20% da capacidade das igrejas, os cultos presenciais continuam sendo permitidos, mesmo durante a fase vermelha.

“No decorrer desse quase um ano de pandemia, eu tentei fazer o que achei melhor para nossa população. Não é do meu agrado ter que proibir o trabalhador de ganhar o seu sustento, mas chegou um momento em que precisei escolher entre a vida e a economia. Além desse problema, também percebi que o isolamento estava deixando as pessoas doentes, levando a acreditar que precisavam de uma ajuda e a melhor ajuda é a espiritual. Cheguei a conclusão de que a atividade é essencial e pode nos ajudar a sair dessa situação mais rápido. Tenho certeza de que foi a melhor escolha”, disse o governador.

Para os líderes religiosos, a decisão de manter templos abertos, ainda que com capacidade reduzida, foi uma vitória Foto: Marcos Vicentti

Para os líderes religiosos, a decisão foi uma vitória. Nesta quinta-feira, 4, um grupo de pastores, representantes de várias igrejas, por intermédio da senadora Marilza Gomes, se reuniu e foi pessoalmente agradecer ao governador pela decisão de manter os templos religiosos em funcionamento.

“A pandemia trouxe consigo não só o vírus, mas também problemas com depressão, ansiedade, medo, doenças espirituais as quais podemos fazer a nossa parte e ajudar o estado a vencer essa pandemia. Um culto presencial trás a experiência que culto online nenhum pode trazer. Isso não tem nada a ver com arrecadação ou ganância por dinheiro como especulado pelas más línguas, mas com saúde, preservação de vidas, com trabalhos sociais, levando alimento às famílias e até a conscientização sobre os cuidados com a doença. Juntos, somos mais forte e podemos vencer essa pandemia. Temos orado pelos nossos governantes e pelo nosso estado”, destacou Marcos Maciel, representante da Comunidade Batista Vida.

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