Rede Reviver promove confraternização lembrando o Dia da Mulher

A confraternização contou com a apresentação de grupos de capoeira, teatro e música (Foto: Onofre Brito)

A confraternização contou com a apresentação de grupos de capoeira, teatro e música (Foto: Onofre Brito)

 

A região do cais e dos mercados, na zona central de Cruzeiro do Sul, todos os sábados pela manhã, fica apinhada de gente pelos mais variados motivos. São compradores e vendedores de produtos agrícolas, carne, peixe, roupas e sapatos, viajantes embarcando e desembarcando de suas canoas e batelões. Foi nesse ambiente que a Rede Reviver, formada por entidades que defendem os direitos da mulher, escolheu para comemorar o Dia Internacional da Mulher.

Foi uma manhã de atividades culturais, quando mulheres, como as verdureiras, vendedoras ambulantes e consumidoras, tiveram seu momento de confraternização e puderam conhecer um pouquinho mais de seus direitos. Fazem parte da Rede Reviver: Ministério Público Estadual, Centro de Referência Vitória Régia, Casa de Abrigo do Juruá, Delegacia da Mulher, Creas, Projeto Vida Nova, Hospital da Criança e da Mulher (Maternidade), Juizado da Infância e Juventude, Conselho Tutelar e Central de Atendimento à Mulher.

Rosalina Souza, coordenadora do Centro de Referência para Mulheres Vitória Régia (Foto: Onofre Brito)

Rosalina Souza, coordenadora do Centro de Referência para Mulheres Vitória Régia (Foto: Onofre Brito)

Rosalina Souza, coordenadora do Centro de Referência para Mulheres Vitória Régia e organizadora do evento, conta que em Cruzeiro do Sul já existe um trabalho eficiente de proteção à mulher, mas ainda é necessário mais engajamento da população para o enfrentamento da situação de violência contra a mulher.

Cibele Resende tem com o marido Sebastião uma dupla musical há seis anos e eles costumam se apresentar em encontros musicais nas comunidades católicas e em outros eventos para os quais são convidados. Eles também apresentaram sua arte no evento.

Na análise de Cibele, a violência contra a mulher em Cruzeiro do Sul ainda é preocupante: “A gente ainda vê muitos casos de maus-tratos contra a mulher. Às vezes a gente nem acredita que seja realidade, mas realmente acontece no nosso dia e às vezes os agressores estão bem próximos de nós e a gente nem sabe a dificuldade que aquela mulher está passando”. No entanto Cibele tem esperança: “Depois de tantas lutas e tantas conquistas ao longo da história, numa cidade tão pequena como a nossa ainda acontecem tantos casos de violência contra a mulher, mas acho que a tendência é melhorar, porque as pessoas estão conhecendo melhor a realidade, e as mulheres, os seus direitos”.

Na análise de Cibele, a violência contra a mulher em Cruzeiro do Sul ainda é preocupante (Foto: Onofre Brito)

Na análise de Cibele, a violência contra a mulher em Cruzeiro do Sul ainda é preocupante (Foto: Onofre Brito)

O Centro Educacional Adiles Nogueira Maciel (Ceanom) foi o destaque da confraternização trazendo grupos de capoeira, teatro e música. Segundo Gil Oliveira, oficineira de teatro no Ceanom, a entidade executa importante trabalho social há quase 20 anos. No ano passado ganhou o status de ‘Ponto de Cultura’ pelo Ministério da Cultura. Dentro desse novo projeto, o Ceanom trabalha com capoeira, teatro, informática e música. Neste período anual (que começou em maio do ano passado e se encerra neste maio), foram atendidas 300 crianças e adolescentes.

“É um prazer estar aqui trazendo o grupo de capoeira, para demonstrar o trabalho de quase um ano e as crianças do grupo de música e o grupo de teatro que vão apresentar cenas temáticas alusivas ao Dia da Mulher”, informou.

Em maio, o Ceanom abre novas turmas, e uma das novidades será o resgate da tradição cultural da Marujada, à semelhança do resgate do Boi Bumbá, feito nesse período. A entidade também deverá oferecer vagas em cursos de inclusão social, como bordado e costura.

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