Quero Ler leva a vontade de aprender aos moradores do Baixa Verde

“O momento chegou agora pra gente”, conta o produtor rural Rudi Ferreira (Foto: Sérgio Vale/Secom)
Região rural do Baixa Verde já reúne cinco turmas de alfabetização pelo Quero Ler (Foto: Sérgio Vale/Secom)

O programa de alfabetização para adultos, o Quero Ler, chegou à comunidade rural do Baixa Verde, em Senador Guiomard, a 24 quilômetros de Rio Branco, na BR-317.

E o governador Tião Viana visitou na noite desta quarta-feira, 31, as cinco turmas que se reúnem na escola Capitão Edgar Cerqueira.

O Quero Ler é um programa criado por Tião Viana em seu segundo mandato e tem o audacioso objetivo de eliminar o analfabetismo no Acre até 2018, atendendo mais de 60 mil pessoas.

Só em Rio Branco existem mais de 300 turmas, podendo chegar a 450 em todo o Acre até o fim do ano, num investimento de R$ 26 milhões.

“Tenho um grande amigo na minha vida, que é o livro, e eu quero que ele seja um amigo de vocês também. A história das letras tem mais de quatro mil anos de idade, criando as palavras para que possamos entender um ao outro melhor. Por isso, aproveitem essa oportunidade e não desistam”, disse o governador Tião Viana para os mais de 40 alunos presentes, todos acima dos 30 anos de idade.

Entre os estudantes, Rudi Ferreira era um dos mais animados. Aos 40 anos e com dois filhos em idade escolar, o produtor rural se empolga com o mundo de possibilidades ao seu redor que a oportunidade de aprender ler e escrever está lhe trazendo.

“O momento chegou agora pra gente”, conta o produtor rural Rudi Ferreira (Foto: Sérgio Vale/Secom)
“O momento chegou agora para a gente”, conta o produtor rural Rudi Ferreira (Foto: Sérgio Vale/Secom)

“Meu pai era seringueiro, e eu não tive essa oportunidade de aprender. E a gente levava tudo muito na brincadeira, assim como tem gente hoje que leva na brincadeira um projeto maravilhoso deste e não está acreditando nele. Mas eu acredito, e vamos fazer muita gente acreditar também. O momento chegou agora para a gente”, conta Rudi.

A primeira-dama Marlúcia Cândida também esteve presente e ressalta: “Vemos aqui um processo de liberdade para eles. No momento em que podem assinar o nome, ler uma receita de bolo, ler a Bíblia, um contrato que vai assinar, tudo isso é liberdade. Para a gente, é uma enorme satisfação saber que essas pessoas têm toda uma vida, trabalham, mas à noite estão aqui para aprender a ler e escrever”.

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