“Ser e Ter” no Circuito Documentário

Filme mostra a influência positiva do educador na formação do caráter de seres humanos desde a mais tenra idade


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Divulgação

O Circuito Documentário exibe Ser e Ter (Être et Avoir), direção de Nicholas Philibert, nesta quarta-feira, às 19 horas, na Biblioteca da Floresta. Ser e Ter é um filme que tem corrido o mundo e encantado  pessoas de várias gerações e profissões, desde professores até  pais e mães e todos aqueles que, de alguma forma, estão ligados à missão de ensinar ou de estabelecer procedimentos para a educação e para o desenvolvimento.

O filme se passa em uma daquelas escolas que ainda existem na França, de uma única turma, na qual todas as crianças de uma mesma localidade, desde o infantil até o fim da escola primária, concentram-se em torno de apenas um mestre. Ele as acompanha desde o jardim da infância até o último ano do primário, transpondo-as do universo familiar para um ambiente onde o que é levado em conta é sua individualidade, sem generalizações. Enfim,  a  construção da personalidade.

O elemento central da história é o professor Georges Lopez, um extraordinário exemplo de dedicação total à sua atividade de mentor e professor.  Através de sua participação, o filme mostra a influência positiva do educador na formação do caráter de seres humanos desde a mais tenra idade.

Cada criança constrói seu próprio conhecimento frente às atividades curriculares que extrapolam os limites da sala de aula. Ser e Ter  foi rodado numa dessas escolas, mostrando a vida de uma pequena turma da aldeia ao longo de todo um ano.

Antes de se decidir por essa escola, Philibert pesquisou mais de 300 estabelecimentos em toda a França, optando pela instituição na pequena comunidade de Aubergne.

O filme foi um dos selecionados oficiais do festival de Cannes 2004 e, de lá para cá, tem sido mostrado não apenas no circuito, mas em inúmeras escolas e universidades, sempre com sessões seguidas de debates.

Ser e Ter  é de uma simplicidade encantadora – os rostos das crianças, seus gestos genuínos e inocentes, seus olhares significativos e também a sensibilidade criativa de Phillibert, que deu um toque de magia a mais na realidade, que por si só já era magnífica.

Uma das coisas que mais cativa no filme é que ele mostra a vida com autenticidade, com inteligência, apresentando o mundo da criança com sua espontaneidade, sua admiração perante o que aprenderam e a confiança desarmada nas pessoas.Mostra ainda as dificuldades da pré-adolescência, tudo sob a condução de um mestre que é também um hábil condutor da melhor forma de interagir com as crianças.

Um fato interessante é que as crianças absorveram com naturalidade a presença das câmeras do diretor, tanto nas cenas nas salas de aula, no ônibus e nos carros como dentro de suas casas.

Georges Lopez, por sua vez, possui dotes pedagógicos excepcionais, fazendo de Ser e Ter um filme fundamental para  professores, psicólogos, orientadores e todos aqueles que, de alguma forma, trabalham com a missão de educar e desenvolver. Espontaneidade, graça, tragédias do cotidiano, sofrimentos comuns, diversões, amor e muita confiança mútua desfilam aos olhos do espectador de uma forma mágica e lúdica.

O Circuito Documentário é uma realização da ABDeC/AC em parceria com o Governo do Estado, através da FEM. Entrada franca.

{xtypo_info}Serviço: Biblioteca da Floresta – Parque da Maternidade, próxima a Concha Acústica – Tel.: 3223-9939 {/xtypo_info}

* Com informações de Myrna Silveira Brandão

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