Puxada pela soja, estimativa da safra no Acre salta para mais de 188,5 mil toneladas em maio

O Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na quinta-feira, 13, coloca o Acre em destaque entre as principais variações absolutas positivas nas estimativas da produção, em relação ao mês de abril e maio. Puxada pela soja, o estado acreano teve um aumento de 735 toneladas na estimativa de produção, saltando de 187,8 mil t para 188,5 mil t.

Estado produziu mais de 700 toneladas de soja a mais do que em abril. Foto: Marcos Vicentti/Secom

O principal aumento foi registrado na soja, saindo de 60,5 mil toneladas para 61,3 mil t, um aumento anual de 34,1%. A publicação também aponta elevação na área plantada, saindo de 64 mil para 64,3 hectares, figurando um campo de produção maior do que o registrado no ano passado, quando essa área era de 61,6 mil hectares.

As maiores produções seguem sendo de mandioca, com 469,7 mil t, seguida do milho (158,5 mil t) e banana (89,2 mil t). Os números também apontam:

Arroz (casca) – 4, 4 milt;
Café (grãos) – 2,7 mil t;
Cana-de-açúcar – 11,3 mil t;
Feijão – 2,8 mil t;
Fumo – 41 t;
Laranja – 5,3 mil t;
Soja – 61,3 mil t.

Também foi divulgada na quinta-feira a capacidade de armazenamento de cada unidade federativa. O Acre aparece com 21 estabelecimentos registrados, com capacidade 86,1 mil toneladas, sendo 12,9 mil toneladas em estabelecimentos convencionais (sacarias) e outros 73,2 mil t em silos graneleiros.

“Esse crescimento fenomenal é fruto de um esforço coletivo e parcerias sólidas. O governo tem investido maciçamente para impulsionar os pequenos produtores, e a Secretaria está empenhada em oferecer todo o suporte necessário, desde assistência técnica até a compra da produção”, enfatizou José Luis Tchê, secretário de Estado de Agricultura, ao analisar o novo cenário em expansão.

O titular da pasta também avaliou que o agronegócio tem se tornado um potencial relevante para a economia do estado e a gestão tem fomentado cada vez esse setor. “Esses fatores têm trazido impactos econômicos fantásticos e a oferta por empregos está em alta, com oportunidades que vão desde operadores de máquinas até especialistas em tecnologia agrícola. Tenho absoluta certeza de que o Acre continuará brilhando e se destacando nesse cenário promissor e cheio de possibilidades”, garante.

Cageacre ampliou a capacidade de armazenamento em 25% em Cruzeiro do Sul. Foto: Marcos Santos/Secom

Expansão da Cageacre em Cruzeiro do Sul

Criada pela Lei n° 564, de 26 de setembro de 1975, e com sede no bairro Aeroporto Velho, região urbana da segunda maior cidade acreana, Cruzeiro do Sul, a Companhia de Armazéns Gerais e Entrepostos do Acre (Cageacre) atua com maquinários para secagem e beneficiamento de grãos de arroz e milho. O local também é cedido pelo Estado para armazenamento dos produtos.

Ao todo, 40 produtores do Vale do Juruá e de municípios do Amazonas localizados na região de fronteira são assistidos pela companhia. Com capacidade de armazenar até três mil toneladas dos grãos, a unidade realiza a secagem de dez toneladas dos itens diariamente.

Recentemente, o governo do Acre celebrou um marco para o setor na região do Juruá. Em janeiro, quando comparado ao mesmo período de 2023, a Cageacre registrou um aumento de 25% na operacionalização do armazém, com beneficiamento e secagem do arroz que é produzido na região. “Nosso foco é a valorização do serviço do produtor e do seu produto. Com isso, a meta é ampliar cada vez mais o volume produzido pelas unidades da companhia e, dessa forma, gerar mais oportunidades aos acreanos, por meio do agronegócio”, ratifica o presidente da Cageacre, Pádua Vasconcelos.

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