Psoríase atinge mais de três milhões de brasileiros

Fatores psicológicos e estresse também estão envolvidos no aparecimento e evolução da doença (Foto:Internet)
Fatores psicológicos e estresse também estão envolvidos no aparecimento e evolução da doença (Foto:Internet)

Em 29 de outubro é celebrado o Dia Mundial e Nacional de Luta contra o Preconceito com os Portadores de Psoríase, doença imune-inflamatória crônica da pele que afeta aproximadamente 190 milhões de pessoas no mundo, das quais cerca de três milhões estão no Brasil.

Os dados são da Sociedade Brasileira de Dermatologia, que estima que somente 5% dos brasileiros afetados pela doença estejam em tratamento.

A estudante Amélia (nome fictício) prefere não mostrar o rosto nem ser identificada pelo verdadeiro nome, temendo o preconceito e discriminação por ser portadora de psoríase.

“No início não me incomodava, e procurava viver minha vida com naturalidade. Aos poucos comecei a observar olhares diferenciados, seguidos de comentários maldosos. Meus colegas se afastaram de mim com medo de contrair a doença. Isso me fez perder a autoestima e desistir dos estudos”, disse, emocionada, Amélia.

Hoje, Amélia tem 42 anos e faz tratamento para controlar a doença no Serviço de Dermatologia Sanitária do Hospital das Clínicas (HC) de Rio Branco, que atende 28 pessoas, atualmente. Ela disse que a medicação é fornecida gratuitamente pelo Sistema Público de Saúde (SUS).

“Passei alguns anos depressiva, mas reagi e busquei meu lugar na sociedade. Hoje trabalho e estudo, porém, prefiro manter em segredo minha condição para evitar o preconceito. Faço minhas consultas e pego meus remédios gratuitamente”, relata.

Mais sobre a psoríase

A psoríase é uma doença inflamatória, crônica da pele e não contagiosa. É caracterizada pelo aparecimento de manchas avermelhadas e descamações na pele, e pode aparecer nos joelhos, cotovelos, tronco, couro cabeludo, unhas e articulações.

Embora a psoríase tenha uma causa desconhecida, sabe-se que a descamação ocorre porque as células da pele se reproduzem com muita rapidez: a doença faz com que as pessoas renovem a pele em dois ou três dias, quando a média é em 28 dias.

O diagnóstico é relativamente simples: o médico dermatologista pode, com uma análise clínica visual, detectar a doença. Nos casos de dificuldade para estabelecer um diagnóstico claro, uma biópsia é realizada.

Estudos já provaram que 30% dos casos são de origem genética, o que dificulta a prevenção. O tratamento é realizado de acordo com a gravidade da inflamação de cada paciente.

Compartilhe:

WhatsApp
Facebook
Twitter