“Antes de ser preso, eu só havia concluído a sexta série. Aproveitando as oportunidades que surgiram, vi um futuro melhor. No próximo ano, já estarei formado, e para quem realmente quer aprender, esta chance vai fazer uma grande diferença na vida, aqui dentro e lá fora.”
Este foi o depoimento de J.G., atual aluno do Ensino Médio da Educação de Jovens e Adultos (EJA), na aula inaugural do Programa Nacional de Inclusão de Jovens (Projovem) Urbano Prisional, realizada na manhã desta terça-feira, 22, no Complexo Penitenciário Dr. Francisco de Oliveira Conde, localizado em Rio Branco.
A ação educacional é voltada para a conclusão do Ensino Fundamental e vem sendo realizada desde 2009 no Estado para promover a elevação da escolaridade e a reinserção social. A parceria do Ministério da Educação (MEC) com o Ministério da Justiça (MJ) irá beneficiar 150 alunos do Complexo Penitenciário.
O secretário de Estado de Direitos Humanos, Nilson Mourão, representou o governador Tião Viana durante a cerimônia. Segundo Mourão, “erros foram cometidos, mas isso não quer dizer que seja tarde demais para tomar atitudes que possam reverter as situações. O ensino abre muitas portas”.
Josenir Calixto, representando a Secretaria de Estado de Educação e Esporte (SEE) no evento, destacou a importância dessa área do Projovem, que busca assegurar o direito de aprender que todos possuem. “O principal objetivo da educação é garantir que os alunos possam sonhar e que encontrem os meios para realizar esses sonhos.”
E a busca dos sonhos também é o objetivo de M.F., aluno de Ensino Médio da EJA no Complexo Penitenciário. “No momento em que se começa a estudar, você começa a trilhar sua liberdade. A educação liberta, e mesmo preso, ainda é possível tentar alcançar uma vida melhor”, declarou o aluno.
