Programa promove inclusão social dos jovens de 18 a 29 anos que, apesar de alfabetizados, não concluíram o ensino fundamental
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 Prefeita Leila Galvão entrega certificado a aluna. Projovem estimula ainda que jovens montam negócio próprio a partir de aprendizado adquirido (Fotos: Mardilson Gomes/SEE) |
Jovens de Brasiléia, Epitaciolândia e Sena Madureira receberam no último final de semana, o certificado de conclusão do ensino médio do Programa Projovem Urbano. O entrosamento entre professor e aluno foi fundamental para o sucesso do programa nestes municípios, que registraram baixo índice de evasão. Durante 18 meses, 300 alunos receberam aulas de disciplinas regulares do ensino fundamental e foram qualificados com cursos profissionalizantes nas áreas de Turismo, Serviços Pessoais e Administração.
O ProJovem Urbano destina-se a promover a inclusão social dos jovens de 18 a 29 anos que, apesar de alfabetizados, não concluíram o ensino fundamental, buscando sua reinserção na escola e no mundo do trabalho, de modo a propiciar-lhes oportunidades de desenvolvimento humano e exercício efetivo da cidadania. No Acre, os arcos ocupacionais oferecidos são nas áreas de Administração, Serviços Pessoais, Turismo e Hospitalidade, Alimentação e Vestuário. O curso conta ainda com a disciplina participação cidadã, prática que estimula o jovem a participar de programas sociais.
Os formandos de Sena Madureira apresentaram o resultado de uma pesquisa de campo que detectou os problemas de infraestrutura e vulnerabilidade social, que foi documentado através de um vídeo.
De acordo com a coordenadora executiva do programa no Acre, Fernanda Alves, um dos aspectos relevantes desta ação está na metodologia que valoriza o indivíduo em seu meio, eleva a auto-estima do aluno, além de incentivá-lo com uma bolsa auxílio no valor de 100,00 àqueles que apresentarem uma frequência e participação de no mínimo 75% da carga horária.
Com a técnica aprendida durante o curso de cabeleireiro, oferecida dentro do arco Serviços Pessoais, os amigos Miracélia Mesquita, José Freitas e Juciene Rodrigues, todos de Brasiléia, montaram o próprio salão de beleza no bairro onde residem. Juciene conta que o incentivo veio de uma professora. "Foi difícil o início, mas recebemos muita força da professora Laurinda. Antes do Projovem eu não acreditava mais em nada, mas agora tenho uma profissão".
Parte desses jovens passou por uma série de dificuldades em seu cotidiano, impedindo que estes concluíssem o Ensino Fundamental no período regular, é o caso da jovem Clemilda Oliveira de 28 anos. "Eu morava no seringal São Pedro, para chegar na cidade demorava seis dias de barco, comecei a estudar, mas parei pra conseguir trabalhar. Passei 10 anos sem estudar e agora com o Projovem consegui concluir o Ensino Fundamental".
Presente no evento, a prefeita de Brasiléia, Leila Galvão, agradeceu ao Governo em dar a chance aos jovens de concluírem o ensino profissionalizante com ensino fundamental. "Essa mão de obra qualificada representa uma conquista para a sociedade. Só governantes sérios podem oferecer políticas deste porte".
Em maio de 2010, além de Brasiléia, Epitaciolândia, Cruzeiro do Sul e Sena Madureira o Projovem Urbano se expandiu para os municípios de Tarauacá, Feijó e Senador Guiomard, tendo como meta garantir o ensino fundamental com iniciação profissional a 900 jovens de 18 a 29 anos.
