Projetos de piscicultura no Vale do Juruá serão financiados pelo Banco da Amazônia

Para o secretário Magalhães Edvaldo, o governo está construindo um caminho novo para os negócios da piscicultura no Vale do Juruá (Foto: Onofre Brito/Secom)

Para o secretário Magalhães Edvaldo, o governo está construindo um caminho novo para os negócios da piscicultura no Vale do Juruá (Foto: Onofre Brito/Secom)

Criada com o objetivo de tocar a parte industrial de todos os investimentos feitos no fomento à piscicultura no Vale do Juruá, a empresa Juruá Peixes S/A apresentou seu projeto ao Banco da Amazônia, em reunião ocorrida no Polo Industrial Florestal de Cruzeiro do Sul.

O responsável pela Secretaria de Desenvolvimento Florestal, da Indústria, do Comércio e dos Serviços Sustentáveis (Sedens) Edvaldo Magalhães, presente à reunião, explicou que a empresa vai precisar de capital de giro e recursos para o custeio, para o início da operacionalização. “Tudo o que o Estado e o governo sonham é a gente fazer o investimento inicial, mas o negócio precisa rodar, precisa andar com suas próprias pernas, andar de forma privada e, mais ainda, de forma sustentável”.

Também participaram do encontro o presidente, Marcos Venício Alencar de Souza, associados da Juruá Peixes, o presidente da Cooperpeixe do Juruá, Sansão Nogueira de Souza e o gerente da Agência do Banco da Amazônia em Cruzeiro do Sul, José Cordeiro. Este demonstrou aprovação ao projeto e disse que assim como o banco faz na região de Rio Branco, apoiando projetos na área de piscicultura fará também em Cruzeiro do Sul.

“O Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO) tem uma taxa de juros mais baixa e essa é a área que vamos operacionalizar para apoiar tanto a Juruá Peixes como as cooperativas e os produtores isoladamente, através de capital de giro e o que for necessário para a produção de peixes no município de Cruzeiro do Sul”, destacou Cordeiro.

Valorizando o pequeno

O presidente da Juruá Peixes, Marcos Venício, conta que para a criação da empresa foi feito um arranjo entre o público e o privado. O governo do Estado está doando toda sua estrutura do complexo do peixe – o centro de alevinagem e o frigorífico de peixes – para a Cooperativa de Peixe do Juruá (Cooperpeixe). “Acho que o mais importante desse projeto é fazer com que o pequeno produtor também seja dono do negócio”, analisou o presidente.

Em seu início, Juruá Peixes tem doze associados além da Cooperpeixe que é acionista majoritária, mas, o presidente explica que por ser uma sociedade – aliás, a primeira no Vale do Juruá – a empresa no decorrer do tempo vai se abrindo, vai colocando ações no mercado. “Tenho certeza que as ações desta empresa serão disputadas; quem já está dentro tem a possibilidade de aumentar seu capital na empresa e outras pessoas também vão poder adquirir estas ações no mercado”.

Caminho novo

Para Magalhães, o governo está construindo um caminho novo para os negócios da piscicultura no Vale do Juruá com a Juruá Peixes. Segundo conta, a Cooperpeixe, que tem participação majoritária na empresa, funciona como uma central das cooperativas singulares. Ela junta as cooperativas de Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima, Rodrigues Alves e ainda de outras que estão sendo constituídas como as da BR-353, de Porto Walter e de Marechal Thaumaturgo.

“O negócio da piscicultura é o negócio do futuro da economia rural aqui do Juruá e do Estado. Ela vai concorrer com o bovino em breve do ponto de vista do volume de recursos movimentados no Estado. Não tenho dúvidas de que nos próximos cinco ou seis anos a piscicultura vai representar um percentual do nosso PIB bem parecido com o PIB do boi”.

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