“Temos que ensinar aos motoristas que não se pode misturar bebida e direção, olhar o celular enquanto dirige e andar sem o cinto de segurança, pois se acontecer um acidente pode prejudicar não só o carro, mas a vida.”
A frase é da aluna Valclícia de Lima Dutra e evidencia o resultado de um projeto de educação de trânsito desenvolvido com apoio do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) pela instituição espanhola Fundación Mapfre, que atua em 29 países da Europa e da América Latina.
Desde junho deste ano, alunos e professores de escolas da rede pública de quatro cidades acreanas participam do programa “Educação Viária é Vital”.
A intenção do programa é mobilizar a comunidade escolar para analisar e propor mudanças que melhorem a circulação viária na comunidade. São 37 escolas de Rio Branco, Capixaba, Senador Guiomard e Sena Madureira participando do projeto, e na próxima semana passarão por uma seleção em que uma escola de cada município será escolhida para participar de uma premiação em São Paulo.
“A Fundación Mapfre reconhece que iniciativas educativas podem mudar as pessoas e o ambiente em que elas vivem, por isso valoriza essas ações”, explicou Geny Polanco, coordenadora da Divisão de Educação de Trânsito do Detran.
Durante cinco meses, 116 alunos da Escola de Ensino Fundamental Professora Ilka Maria de Lima participaram de atividades, com a intenção de desenvolver a educação para o trânsito. O incentivo dado resultou na construção de uma nova forma de agir e pensar com relação ao trânsito.
Para a coordenadora de ensino Maria José da Silva Oliveira, o trabalho educativo é também preventivo. “Os alunos se tornam multiplicadores e cobram dos pais atitudes corretas. Eles serão a futura geração de condutores, e é importante que, ainda na infância, aprendam para, no futuro, pôr em prática como cidadãos conscientes”, enfatizou.
A aluna Raylim Vitória Oliveira Braz aprendeu como contribuir para um trânsito mais cidadão, e agora cobra que os pais tenham responsabilidade e tolerância no trânsito. “Antes eu gostava quando meu pai dirigia em alta velocidade, mas depois do projeto aprendi que o certo é ter cuidado, para não causar acidentes e até mortes”, explica.
