Projeto planeja a conservação e o uso sustentável de paisagens amazônicas

Gestores debateram alternativas para recuperar áreas degradadas e aumentar o estoque de carbono (Foto: Diego Gurgel/Secom)

Garantir a conservação das paisagens amazônicas é garantir a manutenção dos serviços ecossistêmicos, ou seja, os benefícios que a natureza oferece ao planeta, como água, ar puro, solo fértil, alimentos e até mesmo a sombra fresquinha de uma árvore. O desenvolvimento humano e econômico mundial depende do equilíbrio entre os ecossistemas.

Pensando nisso, a Secretaria de Biodiversidade do Ministério do Meio Ambiente elabora o projeto Paisagens Sustentáveis da Amazônia, com o objetivo de promover a conservação e o uso sustentável da floresta nos estados do Acre, Amazonas, Pará e Rondônia e dos países Peru e Colômbia. O projeto está em fase final de preparação, com previsão de assinatura do contrato ainda no segundo semestre de 2017.

Entre os dias 2 e 4 deste mês, gestores ambientais se reuniram na Fundação de Ciência e Tecnologia do Acre (Funtac) para definir estratégias de implantação do projeto que será financiado pelo GEF (Fundo para o Meio Ambiente Global) e tem o Banco Mundial como agência implementadora.

No Brasil

“A meta é atingir 60 milhões de hectares de áreas protegidas na Amazônia, por meio da criação e consolidação de unidades de conservação [UCs]”, explica Scaramuzza (Foto: Diego Gurgel/Secom)
Carlos Alberto de Mattos Scaramuzza, diretor de Conservação de Ecossistemas da Secretaria de Biodiversidade do Ministério do Meio Ambiente, explica que, no Brasil, o foco do projeto é apoiar o componente de políticas voltadas para Paisagens Produtivas Sustentáveis e Recuperação da Vegetação Nativa.“A meta é atingir 60 milhões de hectares de áreas protegidas na Amazônia, por meio da criação e consolidação de unidades de conservação [UCs]”, explica Scaramuzza.

O objetivo do projeto é melhorar a sustentabilidade dos sistemas de Áreas Protegidas, reduzir as ameaças à biodiversidade, recuperar áreas degradadas, aumentar o estoque de carbono, desenvolver boas práticas de manejo florestal e fortalecer políticas e planos voltados à conservação e recuperação da floresta.

Magaly Medeiros, diretora-presidente do Instituto de Mudanças Climáticas e Regulação de Serviços Ambientais do Acre, ressalta que esses compromissos ambientais já foram firmados no Acre com a consolidação das cadeias produtivas e as políticas de baixa emissão de carbono.

“Existe uma sinergia e uma complementaridade no projeto que contribuem para nossa política de desenvolvimento de baixa emissão de carbono. Esse projeto pretende trabalhar algumas linhas que abarcam desde a gestão de unidades de conservação, a conectividade dessas áreas com outros estados e países e o fomento dos serviços ecossistêmicos”, conta Magaly Medeiros.

Compartilhe:

WhatsApp
Facebook
Twitter