Projeto do Acre é escolhido por organização internacional para desenvolver plataforma de monitoramento de eventos extremos

O projeto do Acre “Diagnóstico analítico do impacto das inundações na população socialmente vulnerável do estado do Acre” foi escolhido por uma organização internacional para desenvolver plataforma de monitoramento de eventos extremos.

Divulgação ocorreu durante o evento da Abema, em São Paulo. Foto: Pedro Calado/Cetesb.

O investimento tornará realidade a iniciativa, buscando gerar mais eficiência no monitoramento e disposição dos dados para a população. O diagnóstico analítico irá atender os 22 municípios do Acre, com o objetivo de criar painéis de análise para avaliar impactos e desenvolver políticas públicas eficazes, como planos de evacuação e estratégias de resiliência climática, beneficiando órgãos como a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros e promovendo transparência e preparação da população.

O estado foi o único do país a ser escolhido pela Future Fund, uma iniciativa criada pelo The Climate Group, que atua como o Secretariado da Coalizão Under2.

A Coalizão é uma aliança global de governos subnacionais comprometidos em apoiar governos para que possam implementar projetos climáticos ambiciosos e acelerar a transição para um futuro de emissões líquidas zero.

No Brasil, o anúncio foi feito nesta quinta-feira, 29, durante o encontro “Boas Práticas Estaduais”, promovido pela Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Meio Ambiente (Abema), em São Paulo. Anteriormente, em 6 de agosto, a Coalizão Under2 havia realizado o anúncio global dos selecionados.

A secretária do Meio Ambiente, Julie Messias, explicou que o foco do governo do Acre é atuar durante todo o ano e não apenas em períodos específicos em que ocorrem eventos extremos.

“Somos membros da Coalizão Under2 desde 2015, e, desde então, buscamos soluções reais para gerar maior eficiência das nossas políticas públicas. Devemos nos unir e atuar preventivamente, antes que os eventos aconteçam. Há dois anos seguidos presenciamos eventos extremos de cheia e seca prolongada”, afirmou.

A Coalização Under2, que atua no mundo inteiro, selecionou apenas três projetos para financiamento, por meio de recursos do Future Fund, sendo contemplados apenas o Acre, no Brasil, e estados no México e na Indonésia.

O projeto do governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), foi desenvolvido em parceria com a Codex, uma empresa brasileira especializada em governança de dados, meio ambiente, mudanças climáticas, cidades sustentáveis, infraestrutura e populações em situação de vulnerabilidade social.

A gestora da Sema disse, ainda, que a plataforma que será construída por meio do projeto aprovado vai servir de instrumento de transparência de informações.

“Já temos o nosso Centro de Geoprocessamento e Monitoramento Ambiental (Cigma) mas, com esse projeto, conseguiremos gerar uma governança de dados mais apurada para mitigarmos e enfrentarmos com maior eficiência os eventos extremos. É de grande importância que consigamos entender como os impactos sociais, ambientais e econômicos ocorrem. Isso vai gerar uma prospecção maior dos cenários e facilitar as tomadas de decisões e a condução das nossas políticas públicas para termos maior eficiência durante os eventos extremos que o nosso estado tem enfrentado”, complementou.

O diretor de Negócios da Codex, Venicios Santos, explicou que com esses estudos o governo do Acre vai ter ainda mais dados disponíveis para elaborar planos de mitigação com foco em dar mais segurança às suas populações.

“O projeto do Acre está focado no desenvolvimento de um painel que terá uma visão completa dos impactos das inundações nas populações ribeirinhas, com a finalidade de desenvolver políticas para proteger a vida das pessoas, suas casas e a economia da região”, afirmou.

A plataforma vai apoiar a Defesa Civil, o Corpo de Bombeiros e outros órgãos que fazem parte do Sistema de Meio Ambiente.

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