Em Manoel Urbano, município distante 214 km de Rio Branco, será implantado o primeiro projeto de assentamento estadual, localizado no Seringal Itaúba, de 2.158 hectares, contemplando 200 famílias.
Na manhã desta quarta-feira, 6, a comissão de assentamento composta por membros da comunidade e da Comissão Pastoral da Terra (CPT) recebeu equipes do Instituto de Terras do Acre (Iteracre), Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e da Plantec, empresa responsável pela implementação do projeto, para conhecer a fundo como será executada a divisão dos lotes, os respectivos croquis e também as normas a serem obedecidas pelas famílias que serão contempladas pelo programa.
O diretor-presidente do Iteracre, Glenilson Figueiredo, afirmou que o objetivo desse encontro ultrapassa a intenção de mostrar como serão divididos os lotes. “Este assentamento será uma referência e demonstra a intenção do governador Tião Viana de desenvolver produtivamente a região de Manoel Urbano, com a implantação de um polo aqui na região do Itaúba, sendo um dos mais importantes da região”, declarou.
Fazendo uma analogia à madeira que leva o mesmo nome do seringal, o chefe de Desenvolvimento de Projetos de Assentamentos do Incra/AC disse que o projeto beneficiará muito a comunidade da região. “A itaúba é uma das madeiras mais fortes e resistentes encontradas na mata, assim como esta comunidade, que está sendo beneficiada com o apoio do Incra e o governo do Estado neste ato de reforma agrária, que transformará a vida das pessoas que vivem aqui.”
Num breve pronunciamento, o presidente em exercício da Assembleia Legislativa do Acre Jamyl Asfury confirmou a discussão da lei na Aleac sobre o tema, e das parcerias e trabalho de campo executado pelo Incra, pela Secretaria de Produção e Agricultura Familiar (Seaprof) e pelo Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac).
“Eu penso que esse é um dos mais importantes programas que o governo do estado está fazendo. Tem mudado a vida das pessoas. Apoio, na Assembléia, a indicação do distrito de Itaúba como o primeiro assentamento em uma reserva do Estado”, disse Jamyl.
O programa de regulamentação fundiária beneficiou famílias que residem na região há muito tempo. “Tudo isso é um sonho que está se realizando, pois nós morávamos numa localidade praticamente isolada, e beneficiará a nós e também outras pessoas que chegarão no futuro, pretendendo adquirir um lote, melhorando o ramal e aumentando a produção local”, afirmou Ageu Moreira da Silva, presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Manoel Urbano.
Segundo Glenilson Figueiredo, a entrega de títulos e o assentamento das famílias serão realizados num período de três meses. Ele ainda advertiu sobre a importância de os produtores beneficiados serem fiscalizadores do assentamento, para que a ocupação permaneça de forma ordeira e não ocorram irregularidades que venham comprometer todo o programa.
