Projeto “Costurando Dignidade” profissionaliza mulheres da zona rural do Alto Acre

O governo do Estado tem fortalecido, implementado e efetivado políticas públicas de gênero com o intuito de romper o ciclo de violência intrafamiliar. Como estratégia de inclusão econômica e enfrentamento à vulnerabilidade social, a que algumas mulheres da fronteira Brasil-Bolívia estão expostas, foi realizado na tarde desta terça-feira, 15, o encerramento do projeto “Costurando Dignidade”, na sede do Centro Especializado de Atendimento à Mulher do Alto Acre (Ceam/Alto Acre), localizado em Brasileia.

Mulheres da zonal rural do Alto Acre, que participaram do projeto Costurando Sonhos, comemoram a capacitação na área de corte e costura (Foto: Assessoria SEPMulheres)

Mulheres da zonal rural do Alto Acre, que participaram do projeto Costurando Sonhos, comemoram a capacitação na área de corte e costura (Foto: Assessoria SEPMulheres)

Cerca de 20 mulheres da zona rural participaram do curso de corte e costura oferecido por meio de uma parceria das secretarias estaduais de Políticas para as Mulheres (SEPMulheres) e Pequenos Negócios (SEPN), além do Serviço Nacional de aprendizagem Comercial (Senac) e o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). As participantes são usuárias dos serviços disponibilizados no Ceam/Alto Acre, organismo de política de gênero regional gerido pelo Estado, responsável pelo acolhimento das vítimas de violência doméstica e em situação de vulnerabilidade social.

O projeto teve duração de dois meses e tinha como m

As participantes receberão uma ajuda de custo mensal de 300 reais, do governo federal, como forma de incentivo e auxílio para as despesas de transporte (Foto: Assessoria SEPMulheres)
As participantes receberão uma ajuda de custo mensal de 300 reais, do governo federal, como forma de incentivo e auxílio para as despesas de transporte (Foto: Assessoria SEPMulheres)

As participantes receberão uma ajuda de custo mensal de 300 reais, do governo federal, como forma de incentivo e auxílio para as despesas de transporte (Foto: Assessoria SEPMulheres)

A dona de casa Keila Gomes da Silva, 28, soube do curso por meio da irmã e fez questão de participar para ter uma profissão. “Quando a minha irmã me falou que ia haver o curso no Centro de Referência, fiquei muito feliz. Apesar de não saber nada de costura, fiz questão de participar. Queria ter uma profissão e oferecer um futuro melhor aos meus filhos”, conta.

Keila já recebeu encomendas de roupas dos vizinhos e amigos. “Antes mesmo de concluir o curso, já recebi encomendas para fazer. É um dinheiro a mais que entra na minha casa, e isso me deixa muito feliz. Não quero mais parar de costurar, pretendo me especializar na área, descobri que tenho vocação. Nasci para voar, e não para ficar parada em um lugar só”, afirmou, emocionada.

Para a titular da SEPMulheres, Concita Maia, a autonomia econômica das mulheres do Acre é uma das metas dessa gestão de governo. “Nós defendemos as causas de gênero, temos o comprometimento e o desafio de desenvolver ações que estimulem o espírito empreendedor das nossas mulheres. A criação e fortalecimento de novos pequenos negócios é um dos caminhos, trabalhando a autoestima e o empoderamento delas e assegurando sua participação ativa no mercado de trabalho”, enfatizou.

Terapia em grupo

O objetivo do Projeto é possibilitar a inclusão de mulheres de baixa ou nenhuma renda no mercado de trabalho (Foto: Assessoria SEPMulheres)

O objetivo do projeto é possibilitar a inclusão de mulheres de baixa ou nenhuma renda no mercado de trabalho (Foto: Assessoria SEPMulheres)

Outro eixo abordado pelo projeto “Costurando Dignidade” era o acompanhamento terapêutico das mulheres beneficiadas pelo curso de corte e costura. Para isso, a psicóloga do Ceam do Alto Acre, Nívia Lima, realizava semanalmente sessões de terapia em grupo, momento em que as participantes podiam se expressar, conhecer as problemáticas umas das outras e refletir sobre a sua própria habilidade social, bem como a das demais.

“Buscamos inserir dentro do trabalho que elas estavam aprendendo, o trabalho do autoconhecimento. Algumas mulheres têm dificuldade de falar sobre si. Embora você se relacione com você mesma no dia a dia, existem coisas que ficam tão ocultas que você procura não expressar, mas quando uma começa, dá o start para a outra começar também”, disse Nívia.

Paralelamente ao trabalho de psicoterapia, o Ceam do Alto Acre também realizou o atendimento individualizado para aquelas mulheres que não queriam expor a vida íntima para o grupo e o atendimento à família. “Dentro do grupo de terapia, deixamos aberto o espaço para quem quisesse ser atendida individualmente. A família da paciente, dependendo do caso, também é assistida”, concluiu Lima.

Compartilhe:

WhatsApp
Facebook
Twitter