Projeto acreano sobre saúde emocional norteia iniciativa em Santa Catarina

Seja nas redes sociais, nos noticiários da TV ou nos sites de notícias, o tema é o mesmo: coronavírus (Covid-19). Mesmo que você tente fugir, em todos os lugares este é o assunto do momento. A pandemia tomou conta do mundo e irá demorar até que mude o foco sobre esta nova doença.

Com os números crescentes de mortes, a Covid-19 causa uma outra situação de pandemia: a do medo. Desenvolvido pelo Governo do Estado, por meio do Gabinete da Primeira-Dama, o Projeto Saúde Emocional continua com os atendimentos com psicólogos voluntários e a parceria da Secretaria de Estado de Saúde para combater os problemas emocionais nos pacientes infectados e seus familiares, neste momento de distanciamento social.

Deputado estadual de Santa Catarina, Kennedy Nunes (PSD/SC) Foto: Cedida

A iniciativa é modelo para outro estado brasileiro, que é o caso de Santa Catarina. O deputado Estadual, Kennedy Nunes (PSD/SC) indicou a matéria, que já foi aprovada pela Assembleia Legislativa de Santa Catarina, e o documento enviado para o governador daquele estado, Carlos Moisés (PSL). O objetivo é promover uma ação voltada aos cuidados da saúde mental e emocional das pessoas que trabalham na saúde, dos infectados pela Covid-19 e também os membros de suas famílias, de forma a minimizar o impacto psicológico causado pela doença.

“Em Santa Catarina, a epidemia vem crescendo e, a cada infectado, os membros da família sofrem pressões psicológicas, devido à brutalidade que a doença causa ao infectado. Os médicos vêm fazendo um grande trabalho no tratamento físico dos infectados, e agora precisamos pensar no auxílio psicológico das famílias das vítimas da Covid-19. Parabenizo a iniciativa da primeira-dama do Acre e, em breve, queremos ver essa mesma atenção à saúde mental e emocional em Santa Catarina”, disse o deputado Kennedy Nunes.

“Fico imensamente feliz de saber que este projeto servirá de modelo para alcançar outros estados e ajudar pessoas que sofrem psicologicamente e emocionalmente com esse momento causado pela Covid-19”, destacou a primeira-dama, Ana Paula Cameli.

No Acre, das 50 pessoas diagnosticadas, 44 foram contatados pelo projeto Saúde Emocional Foto: Odair Leal/Secom

No Acre, das 50 pessoas diagnosticadas, 44 foram contatadas pelo projeto Saúde Emocional; 34 elogiaram a iniciativa e dispensaram o apoio emocional no momento; 9 pacientes passaram pelo atendimento psicológico remotamente e continuam sendo atendidas; 3 pacientes estavam em aconselhamento psicológico e já encerraram as sessões; 4 familiares passaram pelo atendimento remoto e continuam sendo atendidas; 5 pacientes estão hospitalizados e 36 pessoas curadas.

Por dever ético humano e pelo senso de coletividade, os psicólogos como agentes de saúde, são muito importantes neste momento que cabe a eles o ato de cuidar da saúde emocional dos infectados e familiares.

Para a psicóloga e coordenadora voluntária Fernanda Lage, a sua experiência em urgência e emergência possibilitou que aceitasse o convite da diretora da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Regional (Sedur) e coordenadora do projeto, Isnailda Gondim.

“Temos 20% dos casos positivos em aconselhamento psicológico, significa que é a reação diante do cenário da pandemia mundial, de incertezas, de crises”, explicitou a psicóloga Fernanda Lage Foto: Secom

“É importante levarmos equilíbrio emocional para os pacientes testados positivo e conjuntamente para seus familiares. Coordenamos esse projeto que ganhou força com mais 19 psicólogos voluntários. Temos 20% dos casos positivos em aconselhamento psicológico, significa que é a reação diante do cenário da pandemia mundial, de incerteza, de crises (financeira, psicológica, pânico, sociais, morais, políticas, conjugais, espirituais, ansiedade), onde o paciente fica inseguro até do contágio, convívio, e preconceito que sofre diante do quadro, gerando uma aflição, e toda uma dúvida. Os atendimentos estão sendo positivos e, por intermédio deste acompanhamento, ajudamos os pacientes e seus familiares a amenizar todo esses sintomas que o momento traz”, explicou a psicóloga, Fernanda Lage.

“Foi percebido que os pacientes apresentam em um primeiro momento: medo de morrer, quando sabem da notícia da doença”, salientou o psicólogo, Rodolfo Souza Foto: Odair Leal/Secom

O psicólogo Rodolfo Nascimento Souza salientou que diante dos atendimentos dos pacientes que estavam em casa ou hospitalizados, fora observado que os pacientes foram bem tratados nos hospitais da rede Pública por seus profissionais, de modo geral.

“Foi percebido que os pacientes apresentam em um primeiro momento: medo de morrer, quando sabem da notícia da doença. Ansiedade, angústia, fobias, estresses, sentimento de solidão, saudade dos entes queridos, preocupação com o futuro e depressão foram identificados. Após os atendimentos online, os pacientes demonstraram melhora significativa ao ponto de já termos altas de alguns. Diante disto, os pacientes ficaram muito gratos pelo oferecimento desse serviço on-line de atendimento psicológico, que para eles foi algo muito importante nesse processo para se equilibrarem organicamente e emocionalmente”, explicitou o psicólogo voluntário, Rodolfo Nascimento Souza.

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