O governo do Estado tem investido na produção familiar por meio da inclusão da comunidade agrícola nos programas de incentivo que beneficiam o desenvolvimento do cultivo local. Para traçar um diagnóstico que fomentará ações na área, o secretário de Estado de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof), Glenilson Figueiredo, gestores e técnicos da Seaprof, foram conhecer experiências beneficiadas com os programas, na área rural do Bujari.
A visita começou pela propriedade do produtor Sávio Brasil, no ramal Santa Luzia. Ele foi contemplado pelo “Mais Alimento”, linha de crédito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).
Na área, Brasil cultiva a fruticultura, por meio dos sistemas agroflorestais (Saf’s), além de investir na avicultura e horticultura.
“Aqui plantamos laranja, tangerina, limão, acerola, graviola e cupuaçu. Temos também aves e verduras. O mais importante para nós é a questão alimentar. Comemos o que produzimos e ainda comercializamos. Hoje a autossustentabilidade traz qualidade de vida”, ressaltou Brasil, que é pedagogo. Ele e os irmãos conseguiram ter uma formação superior com a renda retirada da propriedade.
Produção e sustentabilidade
No Ramal Jorge Viana, a equipe da Seaprof visitou a produção da família Do Ó. O marco é a horticultura. Quem gerencia todo o sistema é a produtora Leida Do Ó.
Três vezes por semana são retiradas verduras orgânicas como couve, cheiro verde, salsa e jambu para abastecer os supermercados e mercados de Rio Branco. “Começamos com pouca coisa, mas com o incentivo da Seaprof, hoje a nossa produção aumentou, e com isso conseguimos manter a nossa renda e investimentos”, disse.
No Ramal Linha Nova, quilômetro nove, o produtor João Diomar da Silva, que trabalha com grãos (milho) e bovinocultura também foi beneficiado com Pronaf. Para garantir sua participação contou com o apoio da Seaprof. Com o crédito rural, Silva, adquiriu um trator e implementos. O custo de aquisição é reduzido com prazo estendido para quitar o financiamento e taxa de juro de 1,5% ao ano.
“Esse incentivo aumentou a produção e também reduziu os custos. O incentivo é uma ajuda que não tem nem como agradecer, sem ele não poderia bancar meus filhos na faculdade e ter uma boa qualidade de vida para minha família”.
A visita aos produtores encerrou com um encontro na Casa de Farinha Duas Irmãs, no quilômetro 18, do Ramal Linha Nova. “O governo acredita que é fundamental os investimentos, pois os resultados são consistentes. Isso sinaliza que investir na produção familiar é um bom negócio e a área tem o potencial de crescimento progressivo. É importante manter ações e também fazer mais”, destacou o secretário Glenilson Figueiredo.