“O programa Ruas do Povo não é um programa pra bacana ou pra rico. Ele foi feito pra pobre, pra pessoas que viviam isoladas em suas cidades, dentro de suas próprias casas. Pra deficientes físicos terem outro padrão de locomoção, pra mulheres grávidas e idosos terem mais segurança ao caminhar. É por isso que ele incomoda tanto algumas pessoas”. As palavras do governador Tião Viana traduzem o espírito do programa que tem pavimentado centenas de ruas em todos os municípios acreanos. Na manhã desta sexta-feira, 14, foram entregues 14 novas ruas em Brasileia, no bairro Marcos Galvão 2, que não tinha sequer uma via pavimentada antes da intervenção do programa.
Em todo o estado serão pavimentados mais de 700 quilômetros de ruas. O programa Ruas do Povo tem frentes de trabalho em 18 cidades, além de 44 bairros na capital. O município de Rodrigues Alves foi o primeiro a ter todas as vias pavimentadas. Elza Moisés é uma das moradoras do bairro Marcos Galvão 2. Ela comemora com entusiasmo o asfalto que chegou em frente à sua casa. “Antes isso aqui era só lama. As crianças não podiam andar de bicicleta, o carro atolava na porta de casa, atolava na ladeira da rua ao lado, não tinha água nas torneiras. Agora nossa vida mudou”, disse.
O diretor-presidente do Depasa (Departamento de Pavimentação e Saneamento), Felismar Mesquita, explica que o programa está em ritmo acelerado para aproveitar ao máximo o verão. “Temos frentes de trabalho em Rio Branco e mais 18 municípios se esforçando para avançar com as obras. O programa não leva apenas pavimentação, mas prepara toda a rede de água. Vai além de uma obra de infraestrutura, porque traz dignidade para os moradores, melhora as condições de locomoção, a autoestima, valoriza os imóveis. E as obras não vão parar”, garantiu. Em Brasileia o investimento do programa Ruas do Povo é de R$ 27 milhões e serão pavimentadas ao todo 132 ruas.
O morador Natal Pereira de Araújo se emocionou ao falar do programa. “As crianças não podiam puxar um carrinho pelo barbante, não conseguiam ter esse prazer. Chegavam à escola com os pés enlameados, se lavavam dentro das poças de água suja. Meu Deus do céu, eu estou feliz demais. Agora eu já posso ir pra igreja no domingo e chegar limpinho, com os pés limpos. Sem falar que está chegando água nas torneiras. Quando eu cheguei aqui no bairro, há cinco anos, não tinha rua, nem água, nem iluminação tinha. Agora olha a maravilha que isso aqui virou!”, disse.
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