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Ao todo, o Governo do Estado irá fazer intervenções em mais de cinco mil quilômetros de ramais em 20 municípios acreanos (Fotos: Assessoria Deracre)
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O diretor-geral do Deracre, Marcus Alexandre, foi até ao quilômetro 80 da Transacreana na manhã desta sexta-feira, 27, para anunciar a recuperação de diversos ramais nos Projetos de Assentamentos (PA) Itamaraty I, Itamaraty II, Figueira e Oriente. Ao todo, pelo menos 200 quilômetros de ramais poderão ser recuperados para beneficiar mais de 1,5 mil produtores.
O programa de recuperação de ramais é um dos maiores que deverá ser lançado pelo governador Tião Viana. Ao todo, o governo do Estado vai fazer intervenções em mais de cinco mil quilômetros de ramais em 20 municípios acreanos, ação que mobilizará 480 equipamentos, milhares de trabalhadores, 2,2 milhões de litros de combustível e R$ 31 milhões em investimentos.
Além dos ramais, Marcus Alexandre anunciou também a pavimentação dos últimos 20 quilômetros da estrada Transacreana, que vai beneficiar a comunidade. Depois desse trabalho, e também com a pavimentação da rodovia estadual AC-445, o diretor do Deracre informou que toda a malha viária de rodovias no Estado estará pavimentada.
Em 1999, quando Jorge Viana assumiu o governo do Estado, havia em torno de 600 quilômetros de estradas pavimentadas. No fim deste ano, com a conclusão dessas duas obras e também da pavimentação da BR-364 entre Manuel Urbano e Feijó, a malha viária asfaltada chegará a 1,8 mil quilômetros. “Com isso, a partir do ano que vem, se Deus quiser, todo o esforço do Deracre estará voltado para os ramais”, disse Marcus.
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O Estado possui 8 mil quilômetros de ramais e há um esforço muito grande do governo do Estado, através do Deracre, para realizar a recuperação de 5 mil quilômetros. “Não é pouca coisa”, lembra Marcus Alexandre.
Para garantir o trabalho de recuperação dos ramais em Rio Branco, o Deracre dividiu a cidade em quatro regiões. Uma na AC-040 (Benfica), outra na BR-317, a terceira para atender os ramais da AC-010 (Porto Acre) e a quarta a AC-090 (Transacreana) – esta última subdivida em três outras setores.
Com a preocupação em aproveitar ao máximo o curto verão amazônico, Marcus Alexandre pediu a colaboração dos produtores e moradores. “Não vamos permitir que façam coisas erradas, por isso pedimos a colaboração da comunidade, pois o dinheiro público tem que ser tratado com muita responsabilidade”, afirmou.
“Não estamos abandonados”
Na reunião com os moradores e produtores dos ramais do Projeto Itamaraty, o presidente da associação de produtores e também presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Extrativistas do Acre (Sinpasa), Valter da Costa Silva, fez questão de dizer que os produtores não estão abandonados. “Há muito o que fazer, é verdade, mas não podemos negar que temos todo o apoio necessário.”
Segundo ele, um trator passou praticamente todo o inverno na comunidade ajudando os moradores a fugir do isolamento completo. Além da máquina que já estava no local, uma patrulha mecanizada ficará à disposição até o fim do verão e somente deixará o local depois de recuperar os ramais.
Valter lembra o tempo em que os sindicalistas sequer eram recebidos pelas autoridades públicas. “Há 17 anos fomos a Rio Branco pedir uma máquina para recuperar um atoleiro, mas não fomos recebidos. Hoje, os representantes do governo vêm até aqui conversar com a gente, e isso é muito bom”, afirma.
