Programa de arborização urbana quer as cidades acreanas mais verdes

O Programa de Arborização Urbana que já começa a dar resultados (Foto: Angela Peres/Secom)

O Programa de Arborização Urbana que já começa a dar resultados (Foto: Angela Peres/Secom)

As árvores dentro de uma cidade são capazes de atenuar o calor do sol, absorver ruídos, renovar o oxigênio do ar, filtrar as partículas sólidas da poluição, reduzir o efeito das enchentes, além de atrair pássaros e, de quebra, deixar a cidade bem mais bonita. Mas mesmo estando no meio da Floresta Amazônica, as cidades acreanas não apresentam uma intensa arborização em suas vias urbanas. E para melhorar esse aspecto, o governo do Estado criou em 2011 o Programa de Arborização Urbana que já começa a dar resultados.

Ao todo, 16 instituições públicas e de sociedade civil fazem parte do programa. Foi o governador Tião Viana quem assinou o decreto instituindo a sua criação junto a ações concretas antes mesmo de sua consolidação. Tanto que, no próprio dia do lançamento do programa, 100 mudas de árvores foram plantadas nas ruas do bairro João Eduardo e no colégio de mesmo nome.

Segundo o assessor da Secretaria de Meio Ambiente, João Paulo Mastrângelo, “Hoje o que temos de concreto além das ações em parceria são os estímulos à regulamentação, construindo os manuais técnicos de cada município”. E definir os marcos regulatórios para a arborização também é uma meta, colocando-os junto aos planos diretores de cada cidade acreana.

Trabalho cuidadoso

A meta é que até 2014 sejam arborizadas 100 quilômetros de ruas só na capital acreana (Foto: Angela Peres/Secom)

A meta é que até 2014 sejam arborizadas 100 quilômetros de ruas só na capital acreana (Foto: Angela Peres/Secom)

A meta é que até 2014 sejam arborizadas 100 quilômetros de ruas só na capital acreana. Em 2012 foram plantadas 3 mil novas árvores em vias públicas, parques, praças e margens de igarapés urbanos. No Parque da Maternidade e no Parque do Tucumã, por exemplo, houve muitas áreas de reflorestamento e cuidados dedicados às árvores já existentes. Já no bairro Tangará, as margens do Igarapé Fundo foram reflorestadas com mudas.

Segundo o técnico Luiz Fernando Nogueira, da Sema, “Fora isso, as ações das secretarias, como a Secretaria de Meio Ambiente de Rio Branco (Semeia) também estão em operações de limpeza e cuidado das árvores, além de refazer a arborização da Avenida Antônio da Rocha Viana e a ciclovia do Bairro da Paz”. Também há um interessante programa chamado Nascer-Plantar que dá uma semente para a família de cada criança nascida na maternidade Bárbara Heliodora e estimula os familiares a plantar.

Um fato curioso é que existem 39 espécies de árvores encontradas no perímetro urbano de Rio Branco, sendo apenas 11 nativas e 29 exóticas. Um dos objetivos é mudar esse quadro e fazer com que pelo menos 60% das espécies plantadas na capital sejam originarias da região.

Mudas

O Viveiro da Floresta produz 24 mil mudas, mas o número ainda é  insuficiente para a demanda de todo o estado (Foto: Angela Peres/Secom)

O Viveiro da Floresta produz 24 mil mudas, mas o número ainda é insuficiente para a demanda de todo o estado (Foto: Angela Peres/Secom)

“O nosso grande gargalo hoje é a produção de mudas”, ressalta Luiz Fernando. Mesmo em parceria com o estatal Viveiro da Floresta, a produção não atende a demanda necessária. Além disso, a arborização da Cidade do Povo também está incluída no programa. Só o bairro planejado irá necessitar de 15 mil mudas. E para a demanda da Cidade do Povo está programado a criação de um viveiro exclusivo para a sua necessidade.

Hoje, o Viveiro da Floresta produz 24 mil mudas, número insuficiente para a demanda de todo o estado.

Cuidando do interior

Enquanto na capital as ações já estão mais concretas, o interior do estado ainda está em fase de articulação, principalmente devido as mudanças nas gestões das prefeituras, necessitando que governo e municípios sentem novamente para se organizar. A principal preocupação também é a produção de mudas nesses municípios, mas para isso a Sema já está com a ideia de que cada município construa seu próprio viveiro, para assim dar conta de sua própria demanda.

Ainda assim, algumas parcerias já foram feitas, principalmente no envio de mudas para ações locais. No ano passado, Xapuri recebeu 600 mudas, já Epitaciolândia e Acrelândia receberam mil cada uma.

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