Programa de Aquisição de Alimentos vai destinar R$ 12 milhões para a compra da produção familiar

A Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof) recebeu nesta segunda-feira, 13, a visita do produtor familiar José Augusto, presidente da Verde é Vida, associação de produtores rurais da comunidade São Francisco do Espalha.

Produtor familiar José Augusto, presidente da Associação Verde é Vida (Foto:Assessoria Seaprof)

Produtor familiar José Augusto, presidente da Associação Verde é Vida (Foto: Assessoria Seaprof)

Augusto mora na colocação Macaúba, Seringal Belo Horizonte, Boca do Espalha, distante dois dias e meio de barco, subindo o Riozinho do Rôla. Ele veio esclarecer sobre a produção estocada no armazém da Cageacre em Senador Guiomard e levar a público os benefícios decorrentes do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA).

A Associação Verde é Vida representa 25 produtores, cuja produção de 4,3 toneladas arroz, 2,1 de feijão e 6,9 de farinha estão armazenadas na Cageacre, a pedido dos próprios produtores, que irão destiná-la ao Programa de Aquisição de Alimentos. Segundo o Coordenador Estadual do PAA, Carlos Pinheiro, os produtores serão beneficiados com R$ 49 mil, com pagamento previsto para o fim deste mês.

Augusto afirma que, receosos de perder a produção, procuraram a Seaprof para que fosse realizada a secagem, limpeza, pré-limpeza, expurgo e armazenagem dos grãos, para garantir a comercialização no PAA, tão-logo o programa fosse operacionalizado em 2012.

À frente da associação desde 2004, Augusto é testemunha do processo de conquistas do produtor rural e do apoio prestado pelo governo estadual e federal. “Hoje entregamos a saca de farinha de 60 quilos pelo preço de R$ 150 e os produtores que não ingressaram no programa vendem ao atravessador pelo preço de R$ 50”, afirma Augusto.

O PAA visa o fortalecimento da agricultura familiar, atende 112 associações de produtores e contribui para a segurança alimentar das pessoas que estão em situação de vulnerabilidade social. Em mesmo sentido, proporciona a geração de renda no campo e a promoção do desenvolvimento local por meio do escoamento da produção.

Segundo o secretário da Seaprof, Lourival Marques, no ano de 2011 o PAA investiu R$ 3 milhões na compra da produção familiar e neste primeiro semestre estará investinda a mesma quantidade. A partir do segundo semestre de 2012, já estão assegurados pelo Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) recursos da ordem de R$ 12 milhões para serem aplicados no desenvolvimento da produção acreana.

“A qualidade de vida do produtor melhorou. Falo por mim, pois já deu para comprar mais uma vaquinha para colocar no meu pasto e um barco para no período invernoso me deslocar até a cidade, depois que passei a ter a garantia da compra da minha produção”, disse Augusto.

Augusto recomenda aos produtores não inseridos no programa que observem a realidade do dia-a-dia, daqueles que têm a garantia da compra de sua produção. E recomenda a eles participarem do PAA, pois o preço vale a pena e o esforço será recompensado de forma justa e igualitária.

“Este ano já plantei dois alqueires de arroz, que serão comprados pelo PAA”, ressaltou o produtor.

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