Ao longo dos últimos cinco anos, o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) tem mudado a vida de centenas de agricultores familiares do Acre.
Além da garantia da compra por um preço justo, o PAA melhora a vida de quem tira da terra o sustento, fixa o produtor no campo e garante a segurança alimentar de milhares de pessoas, principalmente estudantes, atendidos pelas entidades que recebem os alimentos.
Os exemplos de sucesso se multiplicam pelo estado. Um deles é o produtor Deoclécio Squerzzato. Morador do Ramal das Chácaras, em Vila Campinas, distante 60 quilômetros de Rio Branco, ele afirma que foi por meio do PAA que sua vida se transformou.
Há 18 anos morando no local, Deoclécio conta que foram muitas as vezes que pensou em vender sua propriedade e desistir da produção. “Não foi fácil. Antigamente era muito difícil. A gente não tinha apoio, e mesmo que produzisse, não conseguia vender pelo preço que valia a produção”, recorda.
Mas Deoclécio encontrou no governo do Estado, por meio do escritório da Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof), a parceria ideal para melhorar a produção com assistência e acompanhamento técnico e a comercialização de seus produtos.
Os tempos de dificuldades ficaram para trás. Hoje, é da plantação bem cuidada de couve, cheiro-verde, alface, cebolinha, maxixe e pepino que vem a renda que sustenta a família do produtor. E que mudança! No início, a renda de Deoclécio chegava a R$ 1 mil. Atualmente, fornecendo para o PAA, o agricultor fatura mais de R$ 6 mil.
O sucesso é resultado da parceria que existe na família de Deoclécio. O amor pelo trabalho com a terra passou de pai para filho. O braço direito do produtor no preparo das hortas é Douglas Squerzzato, de 21 anos, que representa bem a nova classe média rural do Acre.
Douglas trabalha durante todo o dia na produção agrícola e à noite cursa ciências contábeis em uma faculdade particular de Rio Branco. “Desde criança trabalho ajudando meu pai na roça. Tenho muito orgulho do meu trabalho, sempre faço questão de dizer que sou agricultor”, afirma.
O gerente do escritório da Seaprof em Campinas, Nelson Maia, fala da parceria entre governo e produtores. “Há dez anos esse produtor tinha uma renda muito pequena. Com nossa ajuda, ele pode crescer e hoje é um dos maiores produtores de hortaliças da região. Tem um veículo financiado e atende os mercados de Campinas, Plácido de Castro e Acrelândia.”