Cerca de 50 jovens passam por capacitação para se tornarem agentes de leitura em suas comunidades. O processo foi aberto no último domingo, 3, na Biblioteca Pública, com muita contação de história e cantigas do imaginário popular.
Quando estiverem formados, eles realizarão visitas domiciliares para promover rodas de leitura, contação de histórias e o empréstimo de livros para os moradores dos municípios de Assis Brasil, Brasileia, Epitaciolândia, Plácido de Castro, Bujari, Capixaba, Xapuri e Rio Branco.
Um esforço para democratizar o acesso ao livro é a formação de leitores em todo o Estado. Em Brasileia, Jaqueline de Castro vai se tornar o elo da comunidade com os livros.
“Lá temos muitos jovens que estão soltos, ociosos. Eu creio que esse projeto vai incentivar a leitura e eles vão se interessar e até se achar profissionalmente”, conclui.
Ela e os colegas vão receber uma bolsa no valor de R$ 350 por mês durante um ano. Essa é apenas uma das ações do governo do Estado com o Ministério da Cultura (MinC), por meio do Programa Mais Cultura, Secretaria de Articulação Institucional (SAI) e Diretoria de Livro, Leitura e Literatura (DLLL).
Trata-se de uma proposta que pretende mudar a estatística divulgada pelo Instituto Pró-Livro, em março, de que a média de leitura do brasileiro é de quatro livros por ano e que apenas metade da população pode realmente ser considerada leitora.
“Um agente de leitura pode transformar o cotidiano de uma comunidade numa coisa mágica. Mágica e enriquecedora. A palavra é fundamental não só para a comunicação, mas também para criar ambientes transformadores. Não se precisa de muita coisa para trabalhar a palavra, basta somente a vontade”, comentou a presidente da FEM, a poetisa Francis Mary.