Profissionais recebem curso de prevenção e saúde do trabalhador

A cada minuto, pelo menos um trabalhador sofre um acidente. O Observatório Digital de Saúde e Segurança do Trabalho do Ministério Público registrou, só em 2018, mais de 600 mil acidentes de trabalho.

Visando a segurança dos trabalhadores acreanos deu-se início nesta segunda-feira, 1º, no auditório do Nobile Suítes Gran Lumni Hotel, em Rio Branco, a primeira etapa do curso de Multiplicadores em Vigilância e Saúde do Trabalhador (Visat).

Abertura do curso contou com a presença da secretária de saúde, Mônica Kanaan. Foto: Cedida

É o segundo evento no Acre, em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz. O objetivo é preparar e garantir a multiplicação de informações sobre medidas de segurança para os trabalhadores.

“Essa é uma etapa avançada do curso que forma multiplicadores para reproduzirem informações básicas de vigilância em saúde do trabalhador, em cada regional, e dar apoio à atenção básica, e trabalhar a prevenção”, explicou o gerente do Departamento Estadual de Saúde do Trabalhador (Dest), Silvio Moura.

O curso será ministrado durante toda a semana e os alunos poderão contar ainda com uma etapa de aula prática.

“Eles irão aprender legislação do SUS, boas práticas de prevenção de acidentes de trabalho e de processo de trabalho para que a gente tente se antecipar aos grandes problemas que são comuns nessa área”, disse Moura.

O gerente do Departamento Estadual de Saúde do Trabalhador (Dest), Silvio Moura, diz que  a prevenção reduz lotação de hospitais Foto: Odair Leal/Sesacre

Ainda segundo Silvio, a prevenção de acidentes é a melhor medida para se tomar e evitar maiores problemas. “Quando a gente trabalha com prevenção, deixa de ter as unidades hospitalares de média e alta complexidade lotadas com pessoas acidentadas”, destacou Moura.

Recentemente, em Cruzeiro do Sul, um barco explodiu durante o abastecimento de combustível, deixando 14 feridos e cinco mortos. Fatos como esse seriam evitados se os envolvidos tivessem comprometimento com as medidas de prevenção de acidentes.

“Se houvesse fiscalização e boas práticas, acidentes como o de Cruzeiro do Sul, onde um barco explodiu, não aconteceriam. Ali foi falta de fiscalização, de treinamento dos trabalhadores que fazem o transporte daquele tipo de combustível, e boas práticas. O abastecimento não seria feito com as pessoas dentro do barco. Eles teriam todo um aparato de precauções para que aquela situação não viesse acontecer”, concluiu o gerente.

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