Professora acreana é destaque na Região Norte por utilizar a plataforma Educ

Tarefas de casa por rede social, jogos online, interatividade pela internet. Acha impossível conduzir a Língua Portuguesa dessa maneira? A professora acreana Rosineide Bonfim, não! Muito pelo contrário, ela até tornou-se um dos destaques na Região Norte do país por ser a educadora que mais utilizou ferramentas digitais no ensino público do Acre.

Professora no Instituto São José (ISJ), na capital, há mais de três anos, ela ousou ao estabelecer o uso de ferramentas tecnológicas em sala de aula para otimizar o seu plano pedagógico. Atualmente a Plataforma Digital Educ é  uma peça fundamental em seu método de ensino/aprendizagem.

“Educar e ensinar na era das mídias digitais não é tarefa fácil, e poderia ser ainda mais difícil se eu não tivesse apoio de plataformas onlines que facilitassem a minha troca de informações com os meus alunos, dentro e fora da escola”, afirma Rosineide.

Por conta disso, a professora foi selecionada para participar do IV Encontro da Rede de Lideranças da Escola Digital, com a coordenadora do Núcleo de Educação Tecnológica (NTE) da Secretaria de Estado de Educação e Esporte (SEE), Gleice Moreira. O encontro  ocorre esta semana, em São Paulo.

Rosineide Bonfim é professora do ISJ de Rio Branco (Foto: Mágila Campos)

“Serão dois dias de reunião com representantes das secretarias estaduais de educação do Brasil para debatermos o uso da tecnologia nas escolas e conhecer as conquistas das diferentes redes de ensino que já customizaram a sua plataforma”, diz a coordenadora.

 A plataforma acreana

Educ é uma plataforma educacional do Acre, conectada com a era tecnológica. A ferramenta foi customizada pela SEE e possui mais de seis mil objetos digitais de aprendizagem, os chamados ODA – animações, infográficos, vídeoaulas e jogos, que são disponibilizados gratuitamente à comunidade escolar.

A plataforma está disponível para todos os professores do Estado. Os softwares auxiliam no planejamento pedagógico e na dinamização das aulas. Online, dá para trabalhar gêneros diversos com histórias em quadrinhos, poemas, trava-línguas e curta-metragem.

A professora do ISJ se apropriou disso e a instituição já colhe os frutos do empenho de Rosineide baseado na plataforma Educ, já que as turmas em que ela ministrou as aulas alcançaram nota máxima na Prova Brasil, avaliação para diagnóstico, desenvolvida pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC).

“O uso das tecnologias tornam as aulas mais inovadoras do que só o quadro e o giz” (Foto: Mágila Campos)

Reflexos no ensino

O Instituto onde a docente leciona é atualmente uma instituição que funciona como escola pública, por contrato de subvenção social, atende hoje 1.288 alunos, abrangendo ensino fundamental I e II e ensino médio.

Para a professora, o destaque foi uma grata surpresa já que inclinou o interesse pelas novas tecnologias há pouco tempo, incentivada pela coordenadora geral da escola, Irmã Cirlanda. Ela que há quatro anos, não possuía nenhuma rede social, hoje já é mestra no assunto.

“Para mim foi surpreendente porque iniciei minha formação digital há pouco tempo, mas, desde então, não larguei mais as plataformas digitais como ferramenta da educação. Tive um choque de realidade por meio dos cursos digitais e fui me qualificando a cada dia mais, em relação às mídias. Foi um esforço grande, mas deu resultado”, frisa Bonfim.

Na Educ, é possível criar objetos de aprendizagem que colaboram com o que é tratado em sala de aula. “Temos uma revista muito bacana sobre literatura, que trato com eles por meio da plataforma e eles podem ver também o lado bom da internet, que é o da aprendizagem”, ressalta Rosineide.

A ferramenta possui mais de seis mil objetos digitais de aprendizagem (Foto: Mágila Campos)

Além disso, a docente explica que o uso dos softwares estreitam os laços entre professor e aluno e extrapolam os muros da escola. “Temos jogos que diferenciam poema e poesia, grupos em aplicativos em que realizamos simulados aos finais de semana, tudo isso é fantástico, porque eu converso de igual para igual com os alunos, por meio dessas ferramentas”, conta.

A coordenadora do NTE, da SEE, ressalta que a professora do ISJ é um exemplo de que os aplicativos dão muitas possibilidades para inserir a tecnologia no cotidiano da escola. “O uso das tecnologias tornam as aulas mais inovadoras do que só o quadro e o giz”,  ressalta Gleice.

E que hoje em dia o professor pode otimizar o seu plano pedagógico com esse tipo de recurso. “Ela conseguiu se destacar, porque ela gostou muito de alguns objetos e então favoritou. A plataforma possibilita que o usuário possa compartilhar os objetos que encontra para os outros utilizarem as mesmas ferramentas”, diz. É uma espécie de validação do conteúdo, a pessoa conhece, utiliza e divulga.

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