“Não sei se a saúde daqui é de Primeiro Mundo, mas posso afirmar que é muito melhor que muitas por aí”, comenta o usuário do Sistema Único de Saúde (SUS), Pedro Peres, ao procurar a secretária de Estado de Saúde, Suely Melo, para agradecer e relatar o atendimento que recebeu ao realizar tratamento contra o vírus da hepatite C no Serviço de Assistência Especializada (SAE) do Hospital das Clínicas (HC) do Acre.
Peres, que é professor, explica que, ao descobrir que estava com o vírus da doença, supunha que não conseguiria realizar o tratamento no Acre. “Cheguei a pensar em procurar atendimento em outro estado”, diz.
Entretanto, resolveu dar início ao tratamento aqui mesmo e percebeu que os gestores e os profissionais de saúde não mediam esforços para oferecer um atendimento de qualidade e mais humanizado aos doentes, com carinho e respeito.
Como tudo começou
De acordo com Pedro Peres, tudo começou ao fazer um exame de rotina, em 7 de maio de 2012. O resultado do exame apontava uma carga viral altíssima da hepatite C. Logo após o diagnóstico, o médico o encaminhou para o SAE, com objetivo de iniciar de forma rápida o tratamento.
“No primeiro momento fiquei desesperado, não sabia como lidar com essa doença que mata em grande proporção no Brasil. Mas a equipe médica, em especial o Dr. Martone Moura, tranquilizou-me e disse que iria fazer tudo que estivesse ao seu alcance para me tratar. Claro que eu também precisava fazer minha parte, pois teria que me privar de muitas coisas que gostava para conseguir bons resultados no tratamento”, relata.
Além dos remédios que tomava, Peres realizava exames uma vez ao mês para aferir a carga viral. Para sua satisfação, na semana 24 foi diagnosticado que o vírus da doença não existia mais no fígado, e o tratamento continua com doses reduzidas da medicação.
Ele garante que todo o tratamento está sendo ofertado pelo SUS, e que os resultados têm sido excelentes. “Recebi um atendimento melhor do que o privado e estou dando este depoimento para incentivar outras pessoas que têm essa doença e não acreditam que é possível curar aqui em nosso estado”, diz. Peres destaca que os medicamentos são de alto custo e ele não teria condições de comprá-los caso estivesse fazendo o tratamento pelo serviço privado.
“Sei como é difícil para um Estado pobre como o nosso oferecer esses atendimentos. Hoje comemoro, pois a carga viral da hepatite C está negativada graças a Deus, aos médicos e aos profissionais que me acolheram nesse momento tão difícil da minha vida”, relata Pedro.