Produtos com mais qualidade e preço justo

Feira de produtos orgânicos reúne 32 famílias de produtores e oferece verduras, frutas, doces, bolos, queijo e até polpas

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Na feira, os próprios produtores vendem o resultado do que cultivam (Foto: Sérgio Vale/Secom)

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Bolo de castanha feito a partir de produtos orgânicos (Foto: Sérgio Vale/Secom)

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Produtos regionais, como o cupuaçu, ganham destaque nas bancas (Foto: Sérgio Vale/Secom)

Produtos com mais qualidade, sem agrotóxicos, e preço acessível. Esta é a proposta da Feira Orgânica, que acontece sempre aos sábados e domingos ao lado do Terminal Urbano, em Rio Branco. A feira reúne 32 famílias de produtores dos projetos de assentamento Humaitá e Moreno Maia, Polo Agroflorestal Benfica e Wilson Pinheiro.

Para participar da feira é preciso atender alguns critérios, segundo explica Joana de Oliveira Dias, da Associação de Certificação Participava (ACS) Amazônia: ser um agricultor organizado, fazer visitas às propriedades vizinhas com o intuito de intercâmbio, fiscalizar o cumprimento das regras e registrar a evolução da propriedade, pois é preciso preencher um relatório.

A feira é organizada pelos próprios produtores, com o apoio da Prefeitura de Rio Branco, Ministério da Agricultura e ACS Amazônia, que fiscaliza a qualidade dos produtos e os certifica como orgânicos.

"Os produtos daqui não têm agrotóxicos nem fertilizantes, e seguem as regras da lei do orgânico. Além disso, os grupos de produtores criam as próprias regras, como exigir que os agricultores coloquem todos os filhos na escola. Outro diferencial é o preço dos produtos vendidos aqui. O que sempre trabalhamos nas oficinas é que queremos vender produtos de qualidade para o povo e não para quem pode pagar mais. É o preço justo", disse Joana.

Jesuína Braga, a "Dona Jô", como é mais conhecida, participa da feira desde a criação. Ela explica que aumentou bastante a renda familiar com a possibilidade de vender seus produtos direto ao consumidor. "Antes vendíamos para o atravessador. Um cacho de banana era 1 real e hoje esse é o preço de uma palma. Além disso, aqui a gente tem a certeza de vender tudo o que traz, o que antes não era possível."

O produtor Hidelbrando Souza também já forneceu seus produtos para a figura do atravessador. "Agora a gente não explora nem é explorado. Os preços aqui são melhores", comentou.

André e Maíra Maia descobriram a feira há duas semanas e viraram clientes. "Temos preferência pelos orgânicos e valorizamos a agricultura familiar, que é excluída pela indústria. São produtos de qualidade, mais saudáveis e com preços ótimos", disseram.

Na feira é possível encontrar frutas, verduras, bolos, doces, queijos, goma e polpas. Tudo produzido de forma orgânica.

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